Uma Stout inglesa acumuladora de muitos prêmios. Quando foi anunciada a importação das cervejas da St. Peters aqui no Brasil, a Cream Stout foi a que mais despertou minha curiosidade, tanto pela fama, quanto pela minha afinidade com o estilo.
Vertida na taça, apresentou coloração marrom escuro e nuances avermelhadas, com pouca translucidez. Seu creme mostrou coloração bege, uma formação muito boa, com duração razoável.
Os aromas trazem o malte em destaque, mas não se maneira tão "chapada", com um pouco de pão preto e cereais, além de aveia, chocolate e café. Ainda é possível sentir traços frutados (uvas passas) e amadeirados. Um fundo químico de acetona, acabou quebrando um pouco a pureza dos aromas.
O adocicado do malte mostra-se bem evidente no paladar, amaciando a boca com lembranças de licor de frutas escuras, e preparando para o que seria um final extremamente seco, graças a torrefação dos maltes e dos lúpulos ingleses, de caráter herbal. Possui um corpo médio, mas uma textura muito sedosa, carbonatação razoável e uma drinkabillity muito boa para o estilo.
A Stout da St. Peters conseguiu unir a intensa doçura dos maltes em equilíbrio ao extremo torrado, fazendo com que tudo fique potente, mas não mascare nem a delicada esterificação. Com certeza, todas as premiações que recebeu são merecedoras e vale a pena ser posta a prova para que tiver a chance.