Lager de perfil bem maltado e docinho, com o lúpulo um pouco mais discreto que na maioria dos exemplares das Vienna Lager aqui no Brasil. Há muito tempo que não via a Christoffel Robertus nas prateleiras e me lembrava dela bem melhor e com o lúpulo cítrico mais presente.
Talvez pouco disse se deva pela idade da cerveja, já que a minha estava relativamente próxima do vencimento e não havia percebido até começar a beber.
É dona de uma coloração âmbar com nuances acobreadas, com uma turbidez considerável. Seu creme decepciona, pela pouca formação e duração, deixando pouco tempo a mostra sua coloração bege.
O perfil altamente maltado já pode ser observado no aroma, com tons dominantes de caramelo, melaço de cana e mel. Há um fundo esterificado de maça, que hora é confundido com o lúpulo frutado, que no aroma traz toques de frutas vermelhas e grapefruit com menos intensidade. O lúpulo, apesar do pouco intenso, traz boa complexidade aromática, ainda conferindo notas de gerânio.
A cerveja também é bem mais puxado para o adocicado na boca, novamente trazendo mel e caramelo em primeiro plano, mas vem ainda com toques de nozes e chocolate. Há um condimentado de canela ao fundo, assim como lúpulo que novamente traz frutas vermelhas, mas com o cítrico irrelevante. O amargor é bem baixo, e na minha opinião, se viesse com mais potência, traria muito mais equilíbrio e agradaria mais. O corpo fica entre o médio e baixo e a carbonatação baixa, também curioso para o estilo.
Trata-se de uma boa cerveja, que talvez tenha sido prejudicada pela idade, mas mostrou-se com o maltado do estilo, mas com a lupulagem muito mais leve, para minha decepção.