Weihenstephaner/Samuel Adams Infinium

Aparência: Dourada, levemente turva, espuma bege, densa, excelente formação e persistente.
Aroma: Frutado, condimentado e tostado.
Sabor: Caramelo, cítrico e adocicado.
Sensação: Corpo elevado, textura aveludado, carbonatação intensa e álcool elevado e muito bem inserido.
Amargor: Médio.
Retrogosto: Média persistência, seco e sabor residual maltado.
Uma breja espetacular, boa para estourar no lugar de Champanhes. Excelente experiência gustativa, mas não vale o preço!

Uma cerveja que já impressiona fechada, na taça ela não faz por menos, bem encorpada, aveludada, dulçor marcante proveniente dos maltes, toques de fermento, alcool e lupulo mais discreto. Como foi um presente não vou avaliar custo beneficio, mas eh uma cerveja colaborativa que vale a experiência.

A data de vencimento da garrafa já havia passado pouco mais de um mês. Entretanto acredito que enquanto a cerveja perdeu um pouco de sua característica de "sparkling" melhorou na questão da diminuição do dulçor o que resultou em ótima bebabilidade.

A Infinium é uma cerveja do estilo Bière de Champagne/Bière Brut elaborada pelo tradicional método champenoise, caracterizado por envelhecimento das cervejas em caves e pela adição e remoção do fermento de champagne/espumante das garrafas. É estilo proveniente da Bélgica, como tantos, e é resultado de íntima simbiose entre cervejas e champagnes.

É fruto da parceria entre a cervejaria mais antiga do mundo (Weihenstephan na Baviera/Alemanha - 1040) e a inovadora americana Samuel Adams (Boston/MA - 1984). No portfólio de ambas há extensa linha de produtos de vários estilos, destacando-se a Hefe Weissbier e a Korbinian pela primeira e a Millennium e a Utopias pela segunda.

A garrafa é de 750ml, rolhada, de belíssima apresentação e ilustração, muito original, merecendo algum tempo para ser admirada. O rótulo se apresenta dourado e grafado no vidro e que denota certo requinte dada a semelhança com as garrafas de champagne/espumante, claramente relacionadas às ocasiões especiais e/ou glamurosas.

Vertida na taça revelou uma coloração amarelo vívido (dada a remoção das leveduras), translúcido, uma espuma branca de ótima formação, volumosa, densa, com bolhas, de média para curta duração e que manteve algum lacing pelas laterais da taça, ainda que tenham escorrido logo. A perlage é contínua, com bolhas pequeninas, mas frenéticas.

O aroma é delicioso e se apresenta dominado por notas frutadas, principalmente pêssego (e talvez damasco), cítricas de laranja, boa presença de malte caramelo, pão, fermento, lúpulo floral e álcool bem saliente.

O sabor é igualmente complexo e se agiganta à medida em que a temperatura aumenta. No paladar o líquido aveludado e adocicado apresentou notas cítricas de laranja, ácidas de maça, caramelo, leveduras, uva passa, pêssego, mel, especiarias e lúpulo. Há uma predominância do adocicado sobre o amargor, sendo que este parece mais presente no aroma. O álcool de ABV 10,5% é pronunciado, mas não agride o paladar. O líquido tem uma agradável adstringência e o retrogosto é maltado e longo. A carbonatação é elevada e o corpo é leve. A drinkability é ótima!

A cerveja fluiu excepcionalmente bem, o conjunto é muito bom, a degustação foi prazerosa e, sem dúvida, merece outra degustação apesar do preço um tanto salgado! Por curiosidade, há sites nos EUA onde a cerveja custa cerca de U$ 15,00.

Recomendo!

Dourada, borbulhante, formou um alto creme de bolhas grandes porém de pouca duração.

Aroma mostra um pouco de oxidação, álcool aparente mascarado no meio do malte.

Sabor bem adocicado, bastante maltado, com o álcool marcando presença sem incomodar o paladar. O amargor aparece com o andar da degustação, aparecendo mais no final do gole e mantendo-se no retrogosto.

Bem encorpada, parece que deixou muito açúcar residual na garrafa.

Uma Breja que é "cheia", robusta na boca, mas que nao vai muito além de uma Breja bem doce, forte no álcool e com um final amargo.