Muitas cervejarias americanas fazem interpretações extremamente secas e lupuladas dos estilos belgas. Não é o caso desta tripel da Anderson Valley, bem centrada nas sensações de maltes e principalmente frutas. No copo, mostra coloração alaranjada profunda, no limiar do estilo, bem transparente mas com espuma decepcionante. O aroma é pesadamente frutado e esterificado, com remissões intensas a bala de abacaxi, laranja madura e banana, acompanhada de percepções de mel e rosas. Em segundo plano, percebe-se algum apimentado, terroso e um toque de manjar de coco. Infelizmente, grande presença de vegetais cozidos, atrapalhando a degustação. O sabor é predominantemente doce, mas ela termina com um final seco e mais amarguinho. O corpo é médio e ligeiramente aveludado, e o aquecimento alcoólico é mais perceptível do que deveria. Interessante contraste entre doce e seco, mas nada que faça valer a pena o quanto ela custa diante das excelentes belgas do estilo.