Cor: castanho escuro, opaca, reflexo vermelho, carbonatação aparente.
Espuma: bege claro, excelente formação inicial, boa sustentação, sujeira nas laterais.
Aroma: malte, torrado, pão preto, chocolate, café, amanteigado, lúpulo, cítrico, maracujá.
Paladar: altoo amargor, frutado, cítrico, amanteigado, torrado, chocolate amargo. Fim seco, torrado e amargo.
Belo exemplar do estilo Stout, dessa que a meu ver é uma bela cervejaria americana, e que conseguiu unir numa mesma cerveja o amor tanto dos lúpulomaníacos quanto dos chocólatras de plantão. Vertida no copo sua tonalidade era de um castanho muito escuro, quase preto, não 100% opaca, mas com reflexos vermelhos contra a luz, e ainda apresentando carbonatação bem aparente, mesmo no líquido escuro. Sua espuma era de tirar o chapéu pelo tamanho da formação inicial, com três dedos de altura, cor bege claro, bolhas não de todo compactas, boa retenção e deixando sujeiras nas laterais do copo. Até o último gole essa espuma ainda conseguia manter ao menos um dedo de espessura. As notas aromáticas desprendidas inicialmente foram de boa base maltada, com notas altas de torrefação e pão preto. Esperada pegada de chocolate e café, um pouco de amanteigado também presente e ao fundo uma camada lupulada e cítrica, lembrando, embora mais encoberto, um frutado de maracujá. A nota inicial que sobressaiu no primeiro gole foi o amargor pronunciado, carga frutada e cítrica, de mamão e maracujá, que são seguidas pelo sabor gorduroso, torrado, com pegada de chocolate amargo. O final do gole é seco, torrado e amargo. Uma releitura do clássico estilo com a cara das cervejas americanas, muito lupuladas, quase que esfregando na cara. Vale citar que quanto mais esquentava, mais apareciam o chocolate amargo e o cítrico criando uma verdadeira batalha de amargores.
