Aparência: preto opaco, nenhum feixe de luz atravessa esse piche. Creme marrom claro pouco volume e duração.
Aroma: a mais complexa, extremamente licorosa. Perdeu a presença do whisky, ganhando tons amadeirados e muito frutado, ameixas, uvas passas. O aroma salgado sumil, mas o turfado continua.
Sabor: alcool bem presente do inicio ao fim. Inicio mais doce, lembrando ameixas, com presença de toffee e caramelo. Final licoroso e muito alcoolico, magnificamente equilibrado. Retrogosto lembrando cereja.
Sensação: excelente, viscosa como tem de ser. Carbonatação na suave e excessiva picancia alcoolica. A turfa perdeu imponência, perdendo lugar para um quê aromático muito confortável. Só não ganhou nota maxima pela carbonatação. Final seco e amargo.
Conjunto: a melhor cerveja que já tomei. Complexa, densa, boa de boca, perfeita de nariz. Vale cada centavo, muito superior a Old Engine.
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Degustação "vertical" dos produtos Harviestoun com as seguintes harmonizações propostas: queijo grana padano, chocolate amargo, ameixas, damascos e tamaras.
Vale dizer que o damasco não mostrou-se uma boa combinação para nenhuma das cervejas degustadas.
Harmonização Ola Dubh 40: o queijo se tornou detestável, deixando uma sensação ransosa na boca. A tamara se mostrou sem graça e sem complexidade, não harmoniza. A ameixa finalmente encaixou, e que combinação, aromas combinão, e a complexidade da cerveja se equiparou ao forte gosto da fruta seca. A surpresa da noite foi o chocolate, que mostrou-se a melhor combinação, talvez por se tratar de uma cerveja de aromas frutados e extremamente licorosa. O amargor do chocolate se equiparou lindamente ao da cerveja, e o sabores se mesclaram magnificamente.