Outra cerveja puro malte, uma das muitas trazidas do exterior (no caso de Singapura - Tigre, vejam vocês!) e agora produzida sob licença no Brasil pela Heineken. Essa em questão tem a lata visualmente agradável, um tigre azul e dourado ruge para nós com uma palmeira ao fundo; quando vertida ostenta uma espuma espessa e transitória sobre seu corpo dourado claro e homogêneo. O aroma é agradável e traz notas maltadas, mas o gole decepciona, sem amargor algum e com certo resquício metálico que encontramos nas nossas pilsners ordinárias que não são feitas de acordo com a famigerada Lei da Pureza Alemã de 1516. A memória não é capaz de recuperar algo das profundezas do sistema límbico, a experiência torna-se miseravelmente esquecível, como uma coxinha de rodoviária feita no dia anterior ou um hambúrger congelado de supermercado. Se hoje temos mais opções de breja disponíveis no mercado, pergunto se somos realmente mais felizes?
