Vilã Belgian Blonde (Katherine Tremel)

- Aparência: dourada alaranjada e turva, quase totalmente opaca, o creme é branco levemente bege claro, cremoso, grande altura e com boa duração, ótimo belo belgian lace.
- Aroma: cereais, pão e leve frutado do malte, o lúpulo cheira levemente à grama e cítrico, o levedo aparece ácido sem exagero.
- Sabor: é mais intenso que o aroma, leve amargor, o adocicado vem moderadamente, assim como o ácido que aparece sem estragar o conjunto.
- Tato: a viscosidade é meio licorosa com média crocância, pouca sensação do álcool e um final com retrogosto adstringente muito bom, embora não pertinente ao estilo proposto.
Ótima drinkability.

Blond Ale de procedência mineira, inspiração belga, mas diria que até com um toque alemão. Isso mesmo. Acabou me lembrando muito uma Weissbier caseira, pelo perfil de aromas esterificados e fenólicos, e arrisco a dizer que o cervejeiro usou o WB-06, levedura seca geralmente usada para as cervejas de trigo, pelo fácil acesso.
Possui uma coloração dourada, bem opaca. Seu creme apresenta-se com uma coloração branca, de formação média e pouca persistência.
O aroma mostra-se um pouco cítrico no começo, lembrando limão e abacaxi. Os aromas típicos de cerveja de trigo como banana e cravo, dão as caras por aqui também. Há uma forte influência dos maltes que ainda trazem a doçura aromática de pão branco. O lúpulo tem um perfil um pouco rústico, que traz tons terrosos.
A acidez é o gosto mais evidente na boca, novamente remetendo a limão e abacaxi, sem contar o residual de fermento que contribui com esta característica. Há um maltado doce de mel e pão, que combate um pouco desta acidez. Por fim, uma suave esterificação de banana e um final levemente amargo e herbáceo. Possui um corpo leviano, de textura lisa e carbonatação mediana e até refrescante, levando em consideração que a cerveja chegou quase no limite alcoólico do estilo.
No geral é uma Blond Ale um pouco fora dos padrões na minha opinião, e atribuo isso novamente a dificuldade de encontrarmos uma variedade de leveduras pelo país. Acredito que essa lourinha estará redonda se afinados alguns aromas de levedura.

Cor: amarelo palha, turva.

Espuma: branca, média/baixa formação, baixa sustentação, pequenas bolhas compactas.

Aroma: laranja, acidez, pão, doce do malte, herbal.

Paladar: mel, acidez, fermento, malte, baixo amargor, baixo corpo, alta carbonatação, final doce.

Com um interessante sabor inicial de mel (inserido na receita, segundo o rótulo) a cerveja degringolou um pouco devido a forte acidez notada tanto no aroma quanto no sabor, desequilibrando-a e tornando a degustação enjoativa.

No copo verteu um líquido dourado com creme branco de boa formação e persistência apenas mediana. No olfato, mel, fermento e banana. Seu paladar segue o aroma, com destaque negativo para o excesso de fermento que prejudica o drinkability e torna a cerveja adstringente e enjoativa. Seu fim é ácido e amargo. Possui um corpo e carbonatação médios. Enfim, precisa de correções para melhorar!

Cor dourada pálida muito turva, creme de boa formação e duração, mantendo fina camada perene. Aroma trazendo notas de fermento, mel e alguma fruta. O sabor acompanha o aroma, onde o fermento se acentua, sobressaindo no paladar e desequilibrando as sensações, tornando-a um pouco enjoativa. Álcool imperceptível, corpo suave e carbonatação média. Final um pouco aguado, longo e ligeiramente amargo, aqui a percepção do mel sobre a língua fica evidente.