Othomania Pilsen

Para uma german pils precisa de mais lúpulo,
Dulçor de malte muito evidente deixando o final levemente doce, falta amargor

Localizada na cidade de Pompéia, interior paulista, a Othomania se estabeleceu em setembro de 2009, oferecendo cervejas não-filtradas e não pasteurizadas, direto do tanque de maturação para o restaurante anexo. Apesar de relativamente recente, sua história tem origem na Mec Bier, empresa que fabrica e vende equipamentos de produção cervejeira há 17 anos no mercado. Assim, foi natural que a família Patrocínio resolvesse um dia abrir a sua própria microcervejaria. O nome Othomania surgiu como homenagem a antiga denominação da cidade que se chamava "Patrimônio de Otomânia" até o ano de 1938, quando a cidade passou a se chamar Pompéia. Atualmente a cervejaria possui uma filial na cidade de Itajaí, em Santa Catarina.

O exemplar degustado é uma versão engarrafada e pasteurizada que ganhei de presente da proprietária. No momento, a Othomania interrompeu a produção de cervejas engarrafadas, voltando a concentrar seus esforços apenas nas versões chope servidas no próprio estabelecimento. A produção mensal é de cerca de seis mil litros.

Líquido amarelo claro de média turbidez; colarinho branco de boa formação e média duração.

O aroma traz leves notas de malte e lúpulo seguidos por suave traço de oxidação e nuances de manteiga (diacetil).

Na boca se mostra leve e refrescante, com malte levemente adocicado e suave amargor. Devido à oxidação, nota-se também um caráter metálico não muito agradável.

Resultado da versão engarrafada:

Avaliação Geral 2.4/5
Aroma 5/10
Aparência 3/5
Sabor 9/20
Sensação 2/5
Conjunto 5/10

De qualquer maneira seria injusta a avaliação da cerveja sob estas condições visto que a própria dona avisou que as garrafas não estariam em sua melhor forma. Por isso, avaliarei na sequência a versão fresca, servida na pressão.

PRESSÃO

A aparência é a mesma da versão engarrafada, porém com colarinho farto e extremamente cremoso, mais assemelhando-se a uma nata. O aroma revela malte e lúpulo, permeado por notas de fermento.

Na boca, o dulçor dos maltes é ainda mais intenso, acompanhado de fermento e vívidas notas de panificação. Um verdadeiro pão líquido. O final é equilibrado, com amargor assertivo fechando o conjunto.

Muito gostosa de se beber, acompanha com perfeição os pratos da casa. Ótimo custo-benefício, vale a visita.

OBS: a nota oficial se refere à versão fresca na pressão.