Detalhe da Avaliação

2.2 309
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Brasil
Mauricio Beltramelli
Mauricio Beltramelli
04 de Setembro de 2008 116339
(Atualizado: 23 de Fevereiro de 2015)
Avaliação Geral
 
2.2
Aroma
 
4/10
Aparência
 
2/5
Sabor
 
10/20
Sensação
 
2/5
Conjunto
 
4/10
Na cultura da "botecagem de elite" a Antarctica Original tem sido considerada por muitos uma espécie de cerveja superior. Um pouquinho mais cara e encorpada do que a Antarctica comum, ela desfila nas mesas como uma opção de "cerveja diferenciada" aos olhos de muito gente.

A história da "Original" começa na figura de Henrique Thielen, uma imigrante alemão que aos 9 anos de idade instalou-se com sua família no litoral do Paraná mudando-se, mais tarde, para a cidade de Ponta Grossa. Ali, no ano de 1893, uma cervejaria chamada "Grossel" abriu uma filial. O jovem Henrique Thielen, então com 15 anos, começou a trabalhar na fábrica.

Com o passar do tempo o jovem foi subindo de posição tornando-se primeiro administrador, depois sócio e finalmente proprietário. Já como dono, em 1906, alterou o nome da empresa fundando assim a "Fábrica Adriática de Cervejas". Além de cerveja, vendia também gelo, água mineral e malte.

Em 1919 seu filho, Alberto Thielen, retornou da Alemanha após uma temporada de aperfeiçoamento na fabricação de cervejas. Uma nova empresa foi constituída sob o nome de "Companhia Cervejaria Adriática S/A" na qual Alberto era sócio do pai. No decorrer da década de 1920 muitos novos rótulos passaram a ser produzidos, além de refrigerantes. Em 1931 foi introduzido um novo rótulo chamado "Cerveja Original".

Em 1943 a "Companhia Cervejaria Adriática" acaba sendo totalmente absorvida pela "Cervejaria Antarctica", que já a estava controlando desde 1941.

Nascia assim a "Antarctica Original" que até hoje mantém o rótulo com praticamente o mesmo design gráfico da antiga cerveja. Já quanto aos ingredientes tenho minhas dúvidas. A Ambev jura que se trata da mesma receita.

Líquido de coloração amarela e cristalino. No copo exibe média formação de espuma branca com aspecto irregular, bolhas grandes e baixa retenção.

Praticamente neutra ao olfato, é preciso muita boa vontade para captar alguns sinais de lúpulo e notas de maltose.

De corpo baixo e carbonatação fervilhante, mostra leve dulçor de malte e cereais não maltados com amargor quase inexistente. Essa falta de lúpulo acaba prejudicando o final - desequilibrando-o por conta de uma doçura residual xaroposa um pouco além da conta.

Ironicamente seu maior trunfo frente o paladar médio do brasileiro (que é o baixo amargor) acaba sendo seu maior problema no que tange minhas preferências pessoais. De qualquer maneira, é uma cerveja descompromissada, sem maiores defeitos, refrescante e fácil de beber - desde que servida bem gelada.

Detalhes

Degustada em
24/Agosto/2012
Envasamento
Volume em ml
600 ml
Preço
R$ 3,98
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