Quem sou eu para dar uma nota inferior à medalha de ouro na South Beer Cup? A Wäls Petroleum beira a perfeição dentro da proposta. Acredito que este seja a minha primeira nota máxima depois de umas 900 cervejas já degustadas em minha vida!
-APARÊNCIA: preta negra e opaca! Linda! O creme é marrom escuro, aliás, o creme mais escuro que já vi, com parte espumosa, parte cremosa e pouca duração deixando marcas na taça não só desse creme mas um pouco de “oleosidade” do líquido; bom belgiam lace.
-AROMA: sensacional, o malte traz biscoito, rapadura, caramelo, cereais, aveia, chocolate, café, toffe, tostado, defumado, amêndoas e nozes; já o lúpulo é mais delicado com notas cítricas e herbais bem leves. Possui ainda ameixa seca, frutas secas, calda de ameixa, madeira, fumaça, carvão, licor, mel, açúcar mascavo, baunilha e algum tempero.
-SABOR: acompanha ainda mais intensamente com grande equilíbrio na forte sensação de doce, amargo, azedo e ácido. E o álcool, cadê? Nem aparece.
-TATO: a viscosidade é um mix de licor e óleo ainda com muita cremosidade, apresenta carbonatação média, porém é efervescente na língua causando uma sensação tatil magnífica; o final deixa residual adstringente e amargo duradouro em toda extensão posterior da língua e do palato mole.
-CONJUNTO: a drinkability não é das melhores, mas quem é que liga pra isso, esta drinkability faz parte do estilo proposto, esta cerveja chegou ao topo do limite melhor do estilo Russian Imperial Stout e é digna de nota dez. A curiosidade é que depois desta cerveja cometi um ledo engano, bebi uma St. Gallen Stout Porter, cerveja que eu gostei outrora, mas ela ficou horrível após a Petroleum.