O solitário cair da noite e uma gelada avermelhada para tudo amainar. Memórias etéreas de algumas garrafas perdidas de certa Bock nacional na multidão de Skols vazias, e a criança de férias olhava os cascos para troca no mercado e dizia a si mesmo: “o povo bebe bem, mas essa bock não caiu no gosto da galera”. Logo, a tal ‘einbeck’ sumiu das prateleiras para só reaparecer com a popularização das artesanais. Therezópolis Rubine é uma delas, com sua cor âmbar escura, sua fina espuma acastanhada ocre e uma efusão de aromas maltados e caramelados. À degustação, logo o corpo leve e as notas adocicadas com nuances de bala toffee e leve torrefação eclipsam o amargor discreto e a percepção do álcool. O retrogosto é seco e algo frutado… será que encontro uma Kaiser Bock por aí para tirar a dúvida se as bocks estavam devidamente representadas no Brasil nos anos 90?