A cervejaria belga "Van Steenberge" fica na pequena vila de Ertvelde, município de Evergem. Fundada por Jean Baptise De Bruin em 1784, inicialmente recebeu o nome "De Peer". Jean faleceu cedo e sua esposa assumiu o negócio. Anos mais tarde, após a morte da esposa, a cervejaria foi herdada por um primo dela, Jozef Schelfaut, que já executava o papel de mestre cervejeiro na fábrica. Com a morte de Jozef a cervejaria ficou para sua filha que então se casou com Paul Van Steenberge, um professor de microbiologia. Em 1919 Paul mudou o nome da cervejaria para "Bios". Seu filho e, mais tarde, seu neto foram os herdeiros posteriores. Em meados de 1960 a cervejaria finalmente recebeu o nome da família, "Van Steenberge".
Hoje sob o comando da sétima geração, a cervejaria exporta para diversos países do mundo com foco maior nos Estados Unidos, Holanda e Itália.
"Bornem" é o nome de um município belga (localizado na província da Antuérpia) e também desta linha de cervejas de abadia refermentadas na garrafa. Além da versão "Tripel" ela também possui uma 'Dubbel'.
Líquido dourado translúcido. Na taça forma espessa camada de creme branco de média retenção que rapidamente se transforma numa camada de espuma fina e perene.
Não muito pronunciado, o aroma traz um perfil cítrico e açucarado que remete à frutas cristalizadas tais como laranja, limão e abacaxi. Suave traço de lúpulo e fermento belga permanecem ao fundo.
Na boca mostra-se encorpada e bastante efervescente. Quase agridoce, o sabor acompanha o aroma passando por notas de açúcar queimado, frutas cristalizadas, casca de laranja e tangerina em compota. Moderado amargor de lúpulo surpreende ao soar um pouco mais acentuado do que se espera do estilo. A 'drinkability' é mediana. Cítrico e alcoólico, o final enseja um retrogosto de ligeira acidez.
Boa cerveja - apesar de estar aquém de outras conterrâneas do mesmo estilo. Agora, encontrada por um bom preço, pode valer a pena.