Em 1909 o mestre cervejeiro de origem inglesa John Martin decidiu montar sua própria cervejaria e o lugar escolhido para sua empreitada foi a cidade de Merchtem, na Bélgica. Batizada com seu próprio nome, a cervejaria "John Martin" passou a importar rótulos conhecidos da Irlanda e Inglaterra para o resto da Europa, além de fabricar suas próprias cervejas. Mais tarde, a fábrica também começou a produzir refrigerantes e águas sob licença para a marca "Schweppes". Além disso, no passar das décadas a empresa adquiriu diversas outras cervejarias tradicionais, sendo o maior exemplo a lendária "Timmermans", especializada em "Lambics". Nos dias de hoje a companhia está nas mãos do seu neto, Anthony Martin, que continua importando e distribuindo rótulos de outras cervejarias ao mesmo tempo que produz outras bebidas e desenvolve receitas próprias.
A linha de cervejas "Gordon" surgiu em 1990 com a "Gordon Finest Gold" e passou por uma expansão no ano 2000. Atualmente a linha reúne cerca de dez rótulos pertencentes a estilos variados.
Líquido dourado brilhante com espuma esbranquiçada de baixa formação e média persistência.
Aroma adocicado com predomínio de malte, caramelo e notas de glacê, drasticamente marcado por álcool. Discreta sugestão de lúpulo confere um levíssimo toque cítrico/frutado. Razoável.
Também assolado pelo álcool, o sabor foca no dulçor de malte e xarope de dextrose lembrando de longe um whisky com "Red Bull". De textura licorosa e média carbonatação, possui baixíssima "drinkability" e amargor praticamente nulo. O final melado e etílico evidencia sem pudor um conjunto propositalmente desequilibrado, típico para o estilo, mas que agride garganta e mucosas de maneira nada sutil.
Como todas as outras 'malt liquor' que tomei, a "Gordon Finest Titanium" se presta única e exclusivamente a embebedar, sem maiores pretensões. Para colecionadores, contudo, o 'design' da lata se diferencia e faz valer o investimento. Uma daquelas brejas do tipo "beba por conta e risco". Fica o alerta.