Com uma tradição que remonta ao século XIX, a Boelens inovou nessa Klok. O diferencial foi ter utilizado além de diversos tipos de lúpulos, diferentes cepas de levedura. Aparentemente foi utilizada até mesmo alguma cepa de brettanomyces, as celebradas leveduras selvagens belgas. O resultado é uma tripel com um surpreedente frescor, deliciosas notas cítricas e refrescantes notas azedas.
Vertida apresentou uma coloração dourada clara mas intensa, suavemente turva e com carbonatação bem evidente. O creme se forma com grande exagero, branco e denso, com boa persistência e alguns belgian laces.
Aroma muito interessante, não tão intenso mas extremamente fresco. Alguns ésteres de banana e pêssego, notas cítricas, pão branco e interessantíssimas notas de laranja azeda lembrando brett.
No sabor tem uma leve entrada de malte branco, notas de frutas amarelas, notas cítricas e um final deliciosamente amargo e suavemente azedo. Esse azedinho permanece no aftertaste com boa profundidade catapultando a drinkability.
Corpo médio, carbonatação elevada e álcool imperceptível.
Não é uma Tripel tradicional, tomando um caminho mais leve, mas extremamente saborosa. Me agradou muito.