Curta reportagem, mas com alguns pontos interessantes. Ele degustou ainda algumas novas cervejas presentes no mercado brasileiro.

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A Wäls Unique novamente causando impressões não muito boas. Eu acho que os irmãos Carneiro deveriam parar um pouco com toda essa obsessão marketeira e a extrema presunção de dizer que fazem arte e se dedicarem um pouco mais às cervejas, que no fim das contas é o que realmente importa. De toda a linha de cerveja da Wäls são pouquíssimas as realmente marcantes, e uma delas nem é deles (Petroleum). Admiro a coragem deles por tentar inovar e criar coisas que outras cervejarias não fazem (as saisons com ingredientes incomuns, Hop Corn, etc), mas a execução até agora não foi das melhores, e todo aquele papo de cerveja arte já está bem cansativo.

Tem ouro nessas cervejas?
O preco ta fora da realidade.

Sera que o pessoal acha que ta "arrasando" bebendo cerveja cara desse jeito?

Admiro muito esse cara. Além de competente mestre-cervejeiro, é simpático, receptivo e amigável. Alguns destaques:

"Nós crescemos na Matrix, havia só um tipo de cerveja, amarela, fizzy e sem sabor."

E não é que é verdade? Já fiz analogia muito parecida! A famosa caverna socrático-platônica...

"O Brasil avançou muito, mas ainda há um longo caminho. Uma diferença entre Brasil e EUA é: consistência de qualidade. Fazer uma boa cerveja uma vez e ganhar um concurso é divertido, mas você consegue fazer essa cerveja do mesmo jeito toda vez? Isso exige ter um laboratório. Os cervejeiros artesanais americanos estão começando a superar os grandes no controle de qualidade. Há pouquíssimo tempo, a grande indústria era definitivamente muito melhor do que nós. Isso não é mais verdade hoje. Não nos EUA. Se olhar resultados de laboratório, eu sei que os meus números são melhores do que os números deles - porque eu sei os números deles. Esse não é o tipo de conversa divertida para o público, mas é muito importante."

Isso explicaria a constante diferença entre lotes de muitas de nossas brejas? Acredito que sim...