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Taberna do Vale
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Histórico
Já há 3 anos produzindo cervejas em casa, associei-me recentemente ao Danilo Mendes, também membro da ACervA Mineira, com certeza um dos grandes cervejeiros deste país. Dispomos hoje de mais de 10 receitas de estilos diferentes já padronizadas e possuímos um projeto grandioso para 2010. Além das produções de cervejas e chopes, realizamos na Taberna do Vale, que funciona em minha casa, degustações dirigidas, cursos teóricos de produção, produção prática e iniciaremos agora os cursos de análise sensorial, para cervejeiros que queiram aprofundar seus conhecimentos em níveis superiores de análise de estilo e degustação. O principal diferencial das cervejas produzidas na Taberna do Vale é o amor incondicional pelas boas cervejas... Fazemos a escolha da matéria-prima mais que criteriosamente, seguimos à risca o Guia de Estilos, buscando assim apresentar dentro da garrafa exatamente o que pede a região de origem do estilo, porém, com a personalidade da Taberna do Vale. Quando nos propusemos a criar uma receita e produzir uma cerveja de trigo alemã por exemplo, buscamos estar 100% dentro do estilo, pensando que nada mais nem menos, se vc for à região da Bavária, em Munique, degustará algo no mesmo padrão por lá. São meses, anos, de estudo, análises, testes, até falarmos, está no padrão. A Carolweiss, como o próprio nome diz, é uma homenagem à Carolina, minha esposa, não poderia ser feita de qualquer forma... Nós a produzimos há 3 anos, sempre buscando a cada batelada se aproximar mais da padronização pelo estilo Bavarian Hefe-weiss ou Bavarian Weissbier, já há 2 anos não alteramos a receita, está estabilizada e ficamos muito felizes com cada produção. A Mariwit, é uma cerveja da escola belga, uma Witbier, ou cerveja branca, como é chamada na Bélgica e Holanda, países de origem, aonde são fabricadas com mais volume. Quando a minha esposa engravidou, pensei logo, irei homenagear nossa filhinha que vem por aí... Fiquei durante os nove meses de gestação estudando o estilo, buscando exemplares variados no estilo, degustei cervejas Belgas, Holandesas, Francesas e Canadenses. Porque uma Witbier? Porque eu sabia que ela viria muito branquinha e certamente com um cabelinha bem lourinho, quase branco, além de super perfumada, com certeza... Todas estas são características do estilo, uma cerveja amarela bem clara, com reflexos brancos que vêm do alto teor de proteína do trigo não malteado utilizado em grande parte na receita e super perfumada, pois utilizo além da composição de maltes, semente de coentro moída e casca de laranja seca que conferem aromas cítricos e um toque mais que especial no final, camomila na maturação, tudo a ver com a nossa Marianinha. Produzimos algumas receitas da escola inglesa, estas foram pensadas em mim mesmo, cervejas mais malteadas, com aromas caramelados e levemente frutados, com uma boa dose de lúpulo, que as deixam mais amargas, cervejas para quem gosta das inglesonas...Recentemente me associei ao Danilo Mendes, que também trouxe, além do seu conhecimento e experiência prática, algumas cervejas já consagradas no Brasil cervejeiro, como a linha das Abadias da Escola Belga, que eram e são produzidas até hoje nos Monastérios Trapistas na Bélgica e Holanda. As Gerais Blond, Gerais Dubbel e Gerais Tripel, em ordem crescente de corpo, complexidade e naturalmente teor alcóolico, chegando a Tripel aos seus 9%abv. A maravilhosa Porter, da Escola Inglesa, como o próprio nome diz, eram as cervejas fabricadas para os estivadores dos portos da Inglaterra, cervejas escuras bastante fortes, no nível de paladar exigido pelos brutos da época... Um detalhe especial nesta Porter, utiliza o cardamomo na receita, o que lhe confere um sabor altamente diferenciado e especial... Finalizando, a Pipiripau, uma cerveja sazonal, produzida somente para o Natal, bastante encorpada e com alto teor alcoólico, que utiliza além dos ingredientes convencionais, algumas especiarias como cravo, canela, gengibre e noz moscada... Estamos atualmente desenvolvendo uma Barley Wine, que já se intitula Osíris, uma homenagem ao Faraó Cervejeiro do Egito, que além de ultrapassar os 10% de álcool, e passará por grande período de maturação, também em barrica de carvalho... Podemos dizer que se vivermos 100 vidas por conta de estudar e produzir cervejas, não seríamos capazes de chegar nem perto do início, quanto mais do esgotamento deste universo, que é ilimitado... Por isso, que além do prazer de degustar uma uma boa cerveja que vivemos intesamente esta vida de cervejeiro e consideramos um privilégio poder fazer parte. (Felipe Viegas, dono e fundador da Taberna do Vale)