Detalhe da Avaliação

3.9 266
República Tcheca
Mauricio Beltramelli
Mauricio Beltramelli
03 de Setembro de 2008 57019
Avaliação Geral
 
3.2
Aroma
 
6/10
Aparência
 
3/5
Sabor
 
12/20
Sensação
 
4/5
Conjunto
 
7/10
A primeira pilsner do mundo, talvez a cerveja mais copiada da história - em versões excelentes e picaretas, diga-se de passagem. Num mundo em que copiar é atestar a qualidade e o interesse, isso é sinal de grande honra. Contudo, trata-se também de um estilo que sofre muito com a armazenagem, e de uma receita que já foi bastante alterado nos últimos anos, pelo que li. Tudo isso considerado, a Pilsner Urquell não me impressinou - não sei se a expectativa é que era muito alta, mas a verdade é que ela decepcionou mesmo. Leve e refrescante como manda o estilo, mas com aroma de lúpulo bem menos fresco e malte menos rico do que eu gostaria, além de um amargor um pouco "descolado". Vertida no copo, a cor é dourada média e transparente, e o creme não é volumoso, mas é denso e persistente. Assim que foi servida, senti o aroma de MBT inevitavelmente associado às malditas garrafas verdes, lembrando bexiga, mas que, por sorte, logo se dissipou. Passado isso, tanto o aroma quanto o sabor mostraram um lúpulo um pouco apagado, com um sutil toque de laranja e aquele aroma apimentado-mineral típico do Saaz. Na verdade o malte mostrou-se mais evidente, intenso para o estilo, sugerindo mel, castanhas e, no final, mostrando uma doçura mais limpa de algodão-doce, mas também sem muita riqueza. Talvez essa falta de frescor indique um certo desgaste devido ao tempo de armazenagem. O paladar é predominantemente amargo, como manda o estilo: a entrada tem doçura considerável, que logo é substituída por um amargor persistente, meio oleoso na garganta. Mas é um amargor um pouco "descolado" do malte, que por isso pareceu pouco equilibrado no residual. O corpo é o grande destaque, leve e refrescante, com aquela forte sensação de limpeza do paladar advinda da baixa mineralização da água. Demorei um tempão para provar essa cerveja porque nunca concordei com as políticas de preços das importadoras, que sempre insistiram em situá-la numa faixa de preço injustificadamente mais alta que as demais tchecas só por causa da fama. Acontece que, para mim, ela não se mostrou à altura da expectativa e acabou me decepcionando devido à pouca vividez do lúpulo, que é requisito obrigatório do estilo. Talvez um exemplar mais fresco seja melhor - mas, no fim das contas, isso vale para qualquer pilsner.

Detalhes

Degustada em
21/Janeiro/2011
Envasamento
Volume em ml
500 ml
Onde comprou
Empório Alto dos Pinheiros
Preço
R$ 21
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