Uma das maiores representantes do estilo Baltic Porter e uma das poucas cervejas da Lituânia que são encontrada por esses cantos. Segue bem o estilo, com uma textura mais licorosa, o álcool em evidência e principalmente os maltes menos torrados do que o usual, deixando os esteres frutados deitarem e rolarem.
Na coloração já é possível notar a menor presença dos maltes torrados, pela coloração âmbar avermelhado e alta limpidez. Seu creme é bege, e possui uma formação e duração razoavelmente boas.
No aroma predominam as notas frutadas, que como disse, tem muito mais liberdade para entrar em contato com o bebedor, e evidencia toques de maçãs vermelhas, ameixas e cerejas. O malte obviamente aparece, mas com características menos torradas do que as Porter tradicionais, trazendo caramelo, amêndoas e um toque de grãos de café, bem de fundo. Aromas químicos de esmalte (acetaldeído) podiam estar bem menos evidente e acabaram poluindo um pouco o aroma.
Na boca tem sim uma cama maltada de chocolate, que combina muito bem com os toques de frutas escuras e vermelhas. O final é levemente amargo, com notas de café bem discretas e uma pegada amadeirada do lúpulo. O álcool é bem pronunciado, apesar do teor não ser dos mais altos. Seu corpo é médio e com textura macia, novamente com a presença do acetaldeído prejudicando. O residual é adocicado e frutado, lembrando um licor de frutas passas.
Trata-se de uma boa representante do estilo, que acaba perdendo qualidade pela presença muito intensa dos aromas químicos, mas que mostra boa união de maltes levemente torrados e notas frutadas.