Tripel agradável de uma cervejaria do norte da Itália, que para mim era desconhecida até então. Trata-se de uma reprodução nacional do estilo, de caráter frutado e com especiarias em segundo plano.
Na tacinha já mostrou-se fiel ao estilo, com uma coloração dourado claro de pouca translucidez. O volumoso creme branco demora para cair e ainda mostra uma consistência muito cremosa.
Como já dito, quem domina o aroma, são os esteres frutados, que remetem a pêssego, damasco, tutti fruti e banana. Há sim um fundo condimentado e picante que sugere adição de semente de coentro. O malte também está presente como plano de fundo, sugerindo pão branco e mel.
Peca um pouco pela doçura maltada e frutada na boca, pedindo um pouco de aromas fenólicos para equilibrar. O condimentado/picante de coentro está lá novamente, mas muito discreto perto da doçura. A carbonatação também me pareceu um pouco baixa para o estilo.
Apesar de ser muito fácil de beber, a doçura marcante me incomodou um pouco, já que prefiro as Tripel mais condimentadas e fenólicas. Graças a essa doçura marcante, acreditaria estar de frente a uma Baladin, que provavelmente deve possuir uma variedade de fermento com características semelhantes.