Cerveja mais do que fantástica da Christoffel. Não sei sé é possível de chamar de Bohemian Pilsner pelo seu teor alcoólico infinitamente mais alto do que o estilo pede. Na verdade trata-se de uma cerveja muito ousada, com características marcantes que a Christoffel Bier, características de Strong Lagers, mas com um toque especial, graças ao recurso de Dry-Hopping de lúpulo Saaz, que deixa a cerveja com aromas impares. A garrafa obviamente é destaque, como todas as da Christoffel traz a abertura no estilo flip-flop, extremamente elegante.
Sua coloração é um âmbar alaranjado, um pouco semelhante a mel e possui uma média translucidez. Seu creme é branco, mas possui um desempenho um pouco fraco, talvez pelo seu alto teor etílico, formando-se medianamente e pouco durando.
O aroma é delicioso, intenso, e já mostra o equilíbrio da cerveja. As notas do Saaz são evidentes, dando uma complexidade de lúpulos aromáticos bem legal, principalmente pelo bouquet floral e pelas notas cítricas e frutadas de laranjas e grapefruit. Ainda há confortantes notas adocicadas de banana, maçã e mel, que vem acompanhados em segundo plano por notas de ervas e pêssego.
No paladar, as características mais cítricas vem com mais força, aparecendo logo de cara e dominando a boca. Não significa que as notas mais marcantes e doces de mel fiquem escondidas, muito pelo contrário. Ao final o amargor vai dando as caras com ferocidade, mostrando a boa evolução da cerveja durante o gole. Ainda sente-se um toque de plástico e fenólicos picantes, extremamente bem inseridos, assim como o potente álcool.