Esse é o primeiro rótulo da muito badalada cervejaria americana Three Floyds que eu tive oportunidade de degustar. Para começar fiquei em dúvida se enquadrá-la como Pale Ale (como o rótulo diz) ou como Imperial IPA, estilo em que ela é classificada nos principais sites americanos como Ratebeer e BeerAdvocate e que realmente parece ser o mais adequado considerando a potência desta cerveja, tanto de lúpulos quanto alcoólica.
De cara a potência aromática desta cerveja impressiona. Assim que a garrafa foi aberta e antes mesmo de servir o líquido no copo o aroma já foi sentido. Colocada no snifter esta cerveja tem uma coloração âmbar clara, meio amarelada e translúcida. O creme branco é de boa formação mas rápida dissipação, restando uma fina camada que dura até o final do copo. Ao aproximá-la do nariz é quando o show começa, com uma invasão de frutas tropicais. Manga, manga e mais manga madura enche o olfato, além de melão e cítricos também advindos do lúpulo, com mel e caramelo da excelente base maltada. Na boca o malte se faz bem presente em notas de caramelo e mel novamente para logo ser tomado pelo sabor dos lúpulos, com presença de maracujá inserido no forte amargor. Os 100 IBU anunciados não são notados como tais devido ao equilíbrio quase perfeito entre a explosão de lúpulo e a ótima base de malte. O álcool é perceptível, ainda mais conforme a temperatura foi aumentando, mas está perfeitamente inserido e não aparenta tudo o que é. O corpo e a carbonatação são médios e a drinkability é incrível e perigosamente alta considerando a potência desta cerveja. No conjunto ela é uma excelente cerveja, equilibradíssima e com um perfil aromático que eu não senti em nenhum dos quase 200 rótulos que já degustei. Bem amarga e potente sem ser agressiva. Justifica todo o hype em torno à cervejaria Three Floyds.