Algo me leva a crer que dificilmente gostarei das cervejas mais leves da Rogue. Não porque não goste de cervejas delicadas, mas pelas experiências passadas com os rótulos dos americanos. Esta versão da Mom Hefe-Weizen tem um perfil de maltes dominantes, com pouca esterificação para o que se espera de uma Weissbier alemã.
Apresentou-se dourada na taça, em tons claros e límpidos. Seu creme se formou com um bom volume, mostrando coloração branca e uma duração mediana.
Os aromas de malte se sobressairam ao início, trazendo tons de panificação, mel e aveia. As leveduras poderiam trazer mais dos subprodutos, assim como nas Weissbier alemãs, e contribuem trazendo uma esterificação sutil, que me lembrou mamão papaia. As rosas são bem discretas, e acredito que até mereciam um pouco mais de destaque no conjunto.
O paladar é dominado pela doçura dos maltes, as vezes até de maneira um pouco enjoativa, trazendo os tons de panificação na linha de frente. Assim como no aroma, o frutado é um pouco mais discreto do que se espera, deixando a cerveja menos complexa do que gostaria. Com o corpo leve e a boa carbonatação, a cerveja ganha um ótimo drinkabillity.
Uma cerveja fácil de beber, leve, com pouca informação. Talvez a expectativa de esperar os aromas de leveduras e das rosas um pouco mais intensos, acabaram resultando em certa decepção.
