Uma experiência, no mínimo engraçada, eu tive com essa cerveja hoje.
Logo na abertura dela, recebi um distintíssimo odor de bacon. Veja bem, é a minha primeira rauchbier; no começo achei o cheiro bem agradável e curioso. Li o rótulo, procurei mais informações, achei tudo bem interessante. Espuma se sustentou com uns dois dedos, mais ou menos, sobre o líquido caramelado escuro, bem escuro mas ainda translúcido.
Cheirado o churrasco líquido, traguei-lhe logo. Bacon na chegada, picanha quando atravessava a língua e caldo de carne na descida. Ainda construindo um paladar para cervas, não fui muito além disso. Parecia que as proteínas defumadas tinham invadido até minhas narinas, pelo fluxo inverso. Achei o sabor de bacon defumado forte demais; tapou minha língua totalmente e quebrou a possibilidade de buscar qualquer coisa além do suíno domingueiro. Isso não foi muito legal, mas esse primeiro gole foi bem saboroso. Logo pensei em harmonizar tudo com costelinhas de porco no espeto...
Daí, dei outro gole. E mais outro. E mais outro depois dele. Pronto, já estava irremediavelmente enjoado. Já não queria saber de costelas, de gordura, de fumaça, de qualquer outra coisa que vagamente lembrasse um churrasco, como sal, tábua de carne, churrasqueira. Só terminei a garrada porque queria o casco e jogar fora ia ser desperdício. Imagina, um monte de gente querendo tomar cerva, de goela seca por aí.
Aliás, ainda estou enjoado. Acho que simplesmente não gosto do estilo e não pretendo provar outra, a não ser que tenha com quem dividir o trabalho. Em suma: interessante até o segundo gole, dali pra baixo, tripas de porco.
