Lançada recentemente na Brasil Brau deste ano, junto a mais 3 rótulos, a Weissbier da Falke mostrou-se pouco expressiva, ou marcante, assim como a maioria das brasileiras do estilo, na minha opinião. Assim como a sua IPA, também ganhou o selo "Estrada Real" que é dado aos melhores produtos de Minas Gerais.
De coloração intensa, mais escura do que a maioria das cervejas de trigo, uma âmbar com tons alaranjados e completamente turva, graças a presença de resíduos. Mesmo sendo uma cerveja de trigo, tem um creme marfim que se forma de maneira razoável e tem duração mediana também.
No aroma, não espere encontrar as tradicionais notas de banana e muito menos cravo, como nas mais tradicionais alemãs. A cerveja tem um perfil muito mais cítrico, que remete a limão e laranja e até um toque "azedinho" de fermento. O malte traz um perfil um pouco mais escuro, e traz lembranças de caramelo.
Na boca, a doçura do malte é mais relevante, mas mesmo assim traz um perfil bem ácido de Weissbier, com poucos esteres e fenóis. Seu corpo é leve e macio, com carbonatação mediana.
Ultimamente tenho notado uma certa dificuldade em cervejeiros caseiros, ou até de micro-cervejarias, criarem uma Weissbier com mais personalidade. Provavelmente isso se deve a pouca variedade de leveduras, e não sei se seria o caso da Falke também. Espero que esse quadro se reverta logo, para que nossas cervejas, principalmente estas que dependem mais de aromas advindos das leveduras, ultrapassem os melhores exemplares internacionais.