As Malzbier têm por aqui a fama de ser cerveja 'de mulher'. Não sem justificativa, já que as docinhas versões do estilo disponibilizadas pelas grandes marcas de fato têm no público feminino a maior parte de seus consumidores. Não é exatamente o caso desta aqui. Com a característica marcante da Canoinhense, que deixa um forte acético no aroma e sabor, acaba não sendo uma cerveja fácil. E é justamente esse detalhe -que gera tantos detratores à produção do 'seu' Loeffler - que faz desta uma cerveja especial. O azedo acaba balanceando de uma maneira surpreendente com o doce da cerveja, e esse contraste é extremamente convidativo ao próximo copo. Tem notas de torrefação, malte e caramelo, corpo médio a pequeno.
É uma cerveja um pouco mais 'fácil' da Canoinhense, não que isso a torne mais palatável para o público cervejeiro mais tradicional - em particular para os xiitas da escola belga.
O recomendado no caso é seguir a filosofia do ilustre Michael Jackson, que buscava entender a essência de cada cerveja - especialmente as que têm peso de tradição - marca de toda a produção da Canoinhense.