Mas um chope de uma micro-cervejaria catarinense e mais uma vez uma American Lager com pouca personalidade. Esta é mais uma das vizinhas de Blumenau, que fica bem apagada graças a Eisenbahn e a falta de pretensões na sua cerveja.
Mesmo na pressão mostrou uma camada fina de creme, que se esvai com facilidade, mesmo mostrando certa cremosidade. Na coloração mostra um amarelo, que não chega ao dourado, mostra uma turbidez relevante, pela falta de filtragem.
O aroma traz os maltes em primeiro plano, com anuncio do que virá ao paladar, trazendo toques de pão e um toque doce de DMS que acaba sendo agradável, a não ser quando chega com muita potência. Ao fundo, um discreto lúpulo aparece, com um perfil mais cítrico e que se combina com uma leve esterificação. Ainda é possível sentir um desagradável aroma de ovo.
Ao primeiro gole, meus dentes já reclamaram. O chope estava tão gelado que tive a mesma sensação de estar tomando um sorvete. Mesmo sendo servido o chope trincando, ainda foi possível sentir os toques mais evidentes de panificação e quando ganhou temperatura, um toque de maçã. O amargor é de fato bem leve, mas há uma acidez interessante, que acaba conferindo um drinkabillity considerável. Seu corpo é ralo, com uma textura amanteigada que evidencia altas concentrações de diacetil, com uma carbonatação mediana.
Trata-se realmente de um chope sem muita expressão, que não pode ao menos ter o diferencial do título de "Puro Malte". Acho que se as cervejarias da região do Vale do Itajaí se inspirassem na Eisenbahn, ou até na própria Schornstein, o mercado cervejeiro por lá seria dos mais fortes.
