Que cerveja!!! Poderia parar por aí. De certo modo é inútil falar... Quem gosta de IPAs entenderá. Ponto. Quem não gosta não será convencido pelo meu texto. Contudo, se o faço é para aqueles que não experimentaram ainda o estilo. Para eles, escrevo:
Provar uma IPA, e ainda mais se for essa Imaculada IPA, é participar de uma outra realidade em termos de cerveja. O primeiro susto ou estranhamento é sentido logo ao abrir da garrafa: o aroma herbal, fresco, forte e intenso, remetendo a ervas amargas, a grama recem cortada, a elementos cítricos como folha de limão, maracujá ou talvez um campo de abacaxis depois de uma chuva no cair da tarde (quem tiver tido esse prazer saberá). Depois, bem, aquele aroma que remete a amargor se confirmará, sua boca reagirá contraindo as mucosas (reação evolutiva clássica quando entramos em contato com o amargor, que quase sempre implicava perigo ao corpo) para depois abrirem-se na percepção do complexo sabor liberado pela fusão do malte e do lúpulo. O segundo gole, com a boca já acostumada, é ainda melhor e se você chegar ao fim da primeira querendo que ela não acabe você terá sido feliz e entrará para o clube dos lupulomaníacos. Que não tem nada demais, não é melhor ou mais evoluído que o grupo do trigo ou lagers, apenas diferente.
Se quiser começar, indico essa como um excelente exemplar do estilo.