De Bora Bier Belgian Dubbel

Coloração marrom claro com espuma bege de média formação; esperava mais creme e mais duração. Aromas de malte, com um leve torrado. Sabor bem equilibrado, com uma ótima base de malte e dulçor bem leve. Faltou um pouco de álcool para meu gosto particular, mas a proposta da breja é ótima.

Muito equilibrada o dulçor não incomoda em nenhum momento... Foi a primeira De bora que experimento...aprovada

Como é bom falar de bons produtos da nossa terra! Esta De Bora, na expressão criada pelo compositor João Lopes, é "Bicho do Paraná" assim como este simplório apreciador. É do estilo belgian dubbel, sub-estilo do Belgian Strong Ale, que caracteriza cervejas de alta fermentação, claras ou escuras, equilibradas, mas com ligeira predominância da riqueza maltada, saborosas, complexas, frutadas, alcoólicas, contudo agradáveis e que utilizam na receita algo como 2 vezes a quantidade habitual de malte. Com mais "alimento" as leveduras permanecem em ação por mais tempo e o resultado é uma gama maior de aromas, sabores e álcool, conquanto em patamares menores do que numa tripel e numa quadruppel.

É produzida na Cervejaria Bodebrown, sob supervisão do criador o querido Edygil Pupo (engenheiro, fazendeiro e um dos cervejeiros de panela pioneiros no PR). A De Bora Bier está instalada na cidade de Imbituva/PR (conhecida como a cidade das malhas) e sua história remonta ao final de 2008 ocasião em que saiu vencedora do III Concurso Nacional de Cerveja Artesanal em Belo Horizonte com a Poderosa IPA, sendo ainda finalista no II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn com a Robust Porter. No portfólio, além das citadas, merecem destaque a Extreme (barley wine), a Extreme IPA, a Dika Bock, a Kéia Hefen-Weiss e outras mais.

A cerveja vem numa garrafa de 500ml, lote 04 - validade julho/2014, e ostenta um criativo rótulo com a gravura de uma mulher manuseando um pilão, plantas de lúpulo e trigo. O nome, conforme declarado pelo próprio Edygil, homenageia a alemã Catarina Von Bora. Catarina, esposa do Reformista Martinho Lutero, foi uma mulher fantástica (a história dela está pela internet) e era cervejeira.

Vertida na taça revelou um líquido de coloração alaranjada opaca, próximo do castanho, certa turbidez dado ser não-filtrada, espuma branca cremosa de bela formação e consistência, densa e de mediana manutenção tendo desenhado algumas rendas nas laterais. Perlage (bolhas) perceptível.

O aroma da breja se apresenta agradável ostentando notas maltadas, ésteres frutados de maça ou pera (?), um certo condimentado de cravo e sutil álcool.

No paladar o líquido apresenta-se aveludado e encorpado com iniciais notas de malte, chocolate, algo frutado, cravo, sutil amargor de lúpulo e álcool. O final se mostra seco e o retrogosto é amargo e alcóolico. A carbonatação é leve e o corpo é médio. O álcool de 6,6% ABV é saliente, mas não rouba a cena e está em harmonia com o conjunto. A drinkability é ótima!

Trata-se de um belo conjunto, saboroso, com bom equilíbrio e complexidade.

Deguste!

Cerveja de bela coloração castanho claro com espuma bege porém esparsa com bolhas grandes comprometendo um pouco a aparencia.

No aroma uma limpa presença do malte com um leve toque do fermento ao fundo. Não percebe-se nenhum toque de lúpulo no aroma, somente leves nuances do álcool.

O sabor é ótimo com o malte muito equilibrado e com presença forte. É possível sentir levemente o álcool no retrogosto.

Faltam toques de especiarias tanto no sabor quanto no aroma. A cerveja me lembrou muito uma Bock.

Boa cerveja porém não me lembrou muito o estilo proposto.