Chegou o dia de tomar a famigerada Westvleteren 12. E logo de cara, há de se assumir que é difícil não fazer um comentário enviesado sobre ela. Afinal, você entra no mundo da cerveja aprendendo que ela é "a melhor cerveja do mundo". Bem, ela é realmente especial. E não, ela não é a melhor cerveja do mundo.
A presença no cálice trapista é linda, um marrom bem turvo, formando uma quantidade de creme que eu acho ideal. O aroma é delicioso e muito equilibrado, tem medidas muito balanceadas de dulçor, toffee, caramelo, chocolate, frutas vermelhas/roxas, sem esconder leve sensação licorosa. Na boca, todas essas notas se alternam muito bem, com transições muito interessantes ao longo da degustação e até mesmo durante um mesmo gole. O álcool é muito bem escondido. Só esperava um pouco mais de corpo, não senti nada muito aveludado ou que definitivamente enchesse a boca.
É uma grande cerveja, muito bem feita, calibrada, gostosa. Não é perfeita, na minha opinião, mas chega perto disso, dentro de seu estilo.