Em 2011, a 3 Fonteinen compôs e engarrafou um blend especial de sua gueuze que continha um quarto de lambic de quatro anos de idade, em adição às já tradicionais lambics de 1, 2 e 3 anos da gueuze convencional. A idade média mais elevada do blend lhe dá uma acidez menos agressiva e uma sensação impecavelmente mineral e tânica, em comparação com a gueuze normal da cervejaria, tornando-a mais elegante e sofisticada, embora menos impactante. O aroma não tem a vividez que se espera, mas é muito complexo: as notas animais e orgânicas ficam mais suaves e dão mais espaço a tons amendoados, apimentados e de palha seca. Os ésteres trazem framboesas nítidas, mas a maior evaporação parece ter concentrado as sensações frutadas-cítricas em um toque "quente" de acetona e solvente. A baunilha, marca do produtor, ainda está lá. Pão doce, limão, gerânios, sálvia, acético e uma lembrança de salame complementam seu mosaico aromático. Na boca, a doçura impera, mas de modo menos agressivo que na gueuze convencional, alternando-se com o amargor. Ao engolir, uma leve doçura de fundo fecha o gole com classe num extraordinário final longo, tânico, amargo e mineral. Os taninos são muito presentes e, junto com a altíssima carbonatação, tornam o corpo mais estruturado. No geral, ótima gueuze "experimental" da 3 Fonteinen, mais sofisticada e menos extrema do que o blend normal, mas o preço fica um pouco desproporcional em relação ao que ela oferece.