Detalhe da Avaliação

4.4 155
Bélgica
Mauricio Beltramelli
Mauricio Beltramelli
28 de Agosto de 2008 37523
(Atualizado: 20 de Fevereiro de 2012)
Avaliação Geral
 
4.2
Aroma
 
9/10
Aparência
 
5/5
Sabor
 
17/20
Sensação
 
3/5
Conjunto
 
8/10
A Abadia de St. Bernardus tem uma história diretamente vinculada com a abadia trapista de St. Sixtus, produtora das Westvleteren. Com a falta de estrutura na St. Sixtus, os monges terceirizavam a fabricação de sua cerveja. Com as mudanças de regras para adquirir o selo de cerveja trapista a St. Sixtus acabou sendo obrigada a fazer as Westvleteren dentro do próprio mosteiro e a St. Bernardus, fez então sua própria marca. Esta Quadrupel então seria teoricamente a equivalente a cobiçada Westvleteren ABT12, considerada por muitos, a melhor cerveja do mundo.
Na taça mostra uma coloração marrom, com nuances avermelhadas e praticamente nada de translucidez. O creme mostra-se abundante, e duradouro, com uma textura cremosa e coloração bege, deixando marcas por toda a lateral da taça.
O aroma mostra muito pouca intensidade, mas altíssima complexidade. Possui delicadas notas florais do lúpulo no fundo e aromas de chocolate, nozes e milhares de sensações frutadas: cerejas, ameixa, uvas maduras, banana e até vinho do porto. O álcool mostra-se bem pronunciado logo de entrada no aroma.
Na boca tem a doçura característica do estilo bem pronunciada, lembrando caramelo e chocolate. Novamente os tons de uva e licor de cereja, dão as caras, graças ao esteres das leveduras. O final do gole contrasta perfeitamente com o começo, trazendo um toque fenólico e picante de pimenta do reino e até um amargor de chocolate. O álcool contribui com o caráter picante, mas mostra-se um pouco desequilibrado, na minha opinião. Há um fundo terroso no retrogosto. Seu corpo é denso, com textura lisa e uma carbonatação potente.
Uma Quadrupel que confunde bastante, horas trazendo características mais doces e delicadas, outras trazendo nuances muito mais rústicas. O calcanhar de aquiles da cerveja acaba senso o desequilíbrio alcoólico, e a sensação terrosa um pouco desconfortável. Nada que tire o mérito desta cerveja divina.

Detalhes

Degustada em
12/Junho/2011
Envasamento
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