Detalhe da Avaliação

3.7 617
Bélgica
Ricardo Sangion
Ricardo Sangion
13 de Agosto de 2008 195078
(Atualizado: 10 de Maio de 2011)
Avaliação Geral
 
3.4
Aroma
 
5/10
Aparência
 
4/5
Sabor
 
17/20
Sensação
 
3/5
Conjunto
 
5/10
Tudo teve início com os monges da região em 1445, que tinham que dividir seu tempo entre orações, devoção e a fabricação de vinhos e cervejas. Foram eles os primeiros a descobrir e refinar a receita única da cerveja Hoegaarden.

Na época, esta região da Bélgica era parte dos Países Baixos, o que conferia aos monges acesso a uma grande variedade de ervas exóticas e especiarias importadas das colônias holandesas nas Índias Orientais. Alguns registros históricos inclusive sugerem que as primeiras cervejas de trigo eram, na verdade, intensamente verdes, e isso pode ter levado os monges a utilizar a criativa combinação de Curaçao, casca de laranja e coentro presentes na receita final da Hoegaarden.

Durante centenas de anos, a indústria cervejeira da aldeia cresceu a ponto de, no final do século 19, alcançar a marca de 36 fábricas de cerveja em um povoado de apenas 2.000 habitantes. A prosperidade parecia garantida, mas o mundo estava em movimento. O pós-II Guerra Mundial, a economia, a produção industrial, as novas técnicas de refrigeração e a "revolução" lager afastou a maior parte do mercado global e, em 1957, Tomsin, a última fábrica de cerveja de trigo de Hoegaarden, fechou suas portas. Em 1965, com a perspectiva de sua cerveja ser perdida para sempre, o leiteiro da aldeia, Pierre Celis (que havia trabalhado na fábrica de Tomsin antes de seu fechamento), encarregou-se de reviver a cerveja. Infelizmente, seu sucesso foi de curta duração, pois um incêndio destruiu por completo a fábrica. Com os altos custos financeiros da reconstrução da cervejaria, o futuro da Hoegaarden parecia sombrio... Até que a Artois Cervejaria (Stella-Artois) se ofereceu para ajudar a marca mediante parte de seu controle administrativo. A gestão da cervejaria em tempo integral foi assumida pela Anheuser-Busch InBev em 1987, o que possibilitou a Hoegaarden atingir um alcance mundial.

Tanto rótulo quanto garrafa possuem características particulares. Cor opaca, proveniente do trigo e das cascas de laranja. Densa espuma com aroma cítrico e outro aroma ao fundo, do coriandro. Doce e azeda ao mesmo tempo, surpreendentemente é devido ao coentro (e não ao curaçao) seus tons cítricos. Saborosa com retrogosto suave. Não é enjoativa.

Detalhes

Degustada em
13/Janeiro/2011
Envasamento
Volume em ml
330 ml
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