Essa australiana exibiu um perfil Lager tradicional: firme coloração dourada escura; aspecto bastante leve, límpido, translúcido e com boa efervescência. Forma apenas uma mediana camada de creme branco bem clarinho, fofo e disforme, que assentou rapidamente e deixou muitos pequenos anéis de lacing nas laterais.
O aroma dela traz com vigor lúpulo floral e nobre, picante e saboroso, ao melhor estilo Heineken, trazendo inclusive um pouquinho de sensação de oxidação. Possui uma base maltada de fundo, que remete a pão, biscoito, toffee, malte caramelado e mel. É um aroma simples, honesto, mas que traz exatamente aquilo que se espera no estilo. É, portanto, uma boa impressão inicial, possivelmente o ponto mais positivo dessa degustação.
O paladar em si já se mostra bastante suave e mais equilibrado. Notas bem discretas de malte adocicado e cereal estão em harmonia com fraco lupulado floral. A impressão que passa é que falta potência e personalidade. O amargor se torna mais perceptível ao final do gole, que é também um pouco mais crocante. Há algumas pontadas de metalizado, que podem causar desagrado no palato. Retrogosto curto, fraco, arrastando fracas notas de cereal, doçura e lúpulo. Corpo bastante leve, com textura mineral e aguada. Possui carbonatação entre média e alta. Álcool super discreto, imperceptível. Drinkability até que boa, pois é refrescante e, se tomada estupidamente gelada, não deixa transparecer seu fraquíssimo caráter.
Essa Hahn Premium começou bastante similar a uma Heineken, mas seu paladar não acompanhou o ritmo e se mostrou bastante enfraquecido e anêmico nas características mais primordiais, como malte e lúpulo ou até mesmo no retrogosto ou na textura. Ainda assim, refresca muito bem. Em um dia bem quente é uma boa opção, mas é preciso ter em mente que não é um rótulo que mereça degustação. Infelizmente foi um pouco decepcionante para mim. Acredito que haja opções melhores de Premium American Lager no mercado.