Bohemian Pilsner que fica pouco a dever às cervejas-ícone do estilo da República Tcheca. Trata-se, definitivamente, de mais uma prova da maturidade da produção cervejeira da Bamberg.
Se há algo a reparar contra a breja é que o cervejeiro Alexandre Bazzo poderia ter carregado um tantinho mais no aroma -- o caráter notoriamente herbáceo do lúpulo da varietal Saaz (uma quase obrigação do estilo) é levemente sentido.
Todavia, apesar da talvez excessiva leveza aromática, todas as percepções estão lá, de maneira harmoniosa e equilibrada. Além dos toques lupulados, há a presença de sugestões de fermento de pão, cereal e biscoito.
Mas é na boca que a exuberância da cerveja realmente se mostra. Aliada à carbonatação média-alta, há a acidez moderada, deixando o conjunto soberbamente equilibrado para fazer prevalecer a deliciosa refrescância. Todos os componentes aromáticos, dessa vez, se abrem no retronasal. O amargor é assertivo, mas também muito bem equilibrado.
O final conjuga magistralmente o seco, o amargo e um leve dulçor, implorando o novo gole.
Definitivamente é uma das melhores Pilsners que já tomei na vida. Imperdível.