Dentre as Bohemian Pilsener brasileiras, Camila Camila é o mais próximo que já provei de uma legítima Tcheca, sendo muito parecida inclusive com a 1795 que é referencia no estilo.
Para se igualar as Tchecas, faltou apenas aroma e um tiquinho mais de presença do malte no sabor.
O lúpulo, entretanto, está divinamente inserido, dando a breja uma drinkability invejável.
Camila Camila é uma homenagem e tanto para a musica de maior sucesso de minha BANDA PREFERIDA.
Dourada e translúcida, com espuma densa e duradoura. Lúpulo e malte predominam desde o aroma (um pouco sutil demais), até o sabor amargo, de final longo e agradável. Simples e equilibrada como as melhores pilseners boêmias.
Cerveja dourada amarelão, creme bem claro de média duração e densidade. O aroma malte e o lúpulo estão presentes, o sabor acompanha o aroma porém o amargor se faz mais presente, ótima conjunto, bem carbonatada. Final seco e amargo, pédi outro gole na hora, ótima drinkability. Muito boa breja.
Ótima Bohemian Pilsener! Na minha opinião, ela é melhor que as Bohemian Pilseners produzidas na República Tcheca, como, por exemplo, a Pilsner Urquell, a Czechvar e a 1795. Ainda na minha opinião, essa Bamberg lembra bastante a Tcheca, que foi produzida tempos atrás também pelo Alexandre e outros amigos. Coloração dourada, espuma branca volumosa, densa e duradoura, deixando marcas nas laterais do copo. Lúpulo evidente, tanto no aroma quanto no sabor. No aroma, ela exala um floral sensacional, com moderada complexidade, se mostrando uma cerveja bastante aromática. No sabor, o lúpulo encontra-se muito bem balanceado com o malte, formando um conjunto harmônico e completo. O final é amargo e longo, muito agradável, te convidando para um novo gole. Delícia de cerveja!
Acabo de encher o meu perfect pint glass da Samuel Adams direto de um Growler dessa nova cerveja da Bamberg, a Camila Camila. Foi retirado ontem da bica da Bamberg Express, portanto muito fresco.
A coloracao e' amarelo dourado, deve ser 1 srm mais escura que a maioria das Brahmas e Skols da vida. Cristalina, consigo ver meus dedos atraves do copo. Colarinho branco de 1 dedo que persiste por cerca e 1 minuto, se reduzindo entao a um anel de espuma na superficie da cerveja. Pequenas bolhas continuam subindo do fundo do copo durante os proximos 5 minutos, enquanto a condensacao ocorre "molhando" a parte de fora do copo. Nao ha muita retencao de espuma. Vamos ao aroma.
Pouco intenso (o que e' mais ou menos esperado dentro do estilo) comeca com pao, malte pilsen e biscoito que logo sao dominados pelos lupulos - e nesse caso eles infelizmente possuem como principal caracteristica aquele skunk caracteristico da Heineken. Em segundo plano, fracas notas frutadas e terrosas. Devo confessar que nao gostei muito do aroma, esperaria para uma Bohemian Pilsener mais intensas notas terrosas, florais e apimentadas do Saaz. Talvez com um Dry Hopping isso possa ser resolvido (nao sei se foi feito).
O sabor novamente se inicia com tracos de malte, principalmente pao e cereal. Agora os lupulos vem pra valer com herbal, leve frutado e spicy/earthy, sendo logo dominados por intenso amargor persistente ate o aftertaste. O amargor e' sem duvida nenhuma o mais potente dentre todas as Pilseners Nacionais -achei ainda mais do que na Tcheca que deve ter tido uma receita bem semelhante e inclusive, acredito eu, deve ter servido como inspiracao.
Mas nada contra esse amargor. E' exatamente o que eu espero em uma boa Pilsener: ele acaba de vez com qualquer traco de Diacetil da fermentacao do malte pilsen (que em pequenas quantidades pode ate' ser aceito nesse estilo).
Numa nota mais tecnica/geek: devo dizer que segundo guidelines do BJCP esse amargor pronunciado que se estende ate o aftertaste e' mais caracteristico de uma German Pilsener do que de uma Bohemian Pilsener, essa ultima por sua vez, deve ter um equilibrio maior entre malte e lupulo no final, o que claramente nao ocorre com a Camila Camila.
O corpo e' baixo tendendo ao mediano e a carbonatacao e' alta. Extremamente seca (outra caracteristica das German Pilseners), nao ha nenhum dulcor detectavel durante todo o gole.
Em resumo, essa e' uma baita cerveja! Sem duvida a melhor Pilsener em atividade no Brasil, dentro do meu gosto. Lembrou e muito a minha Pilsener preferida, a fantastica Prima Pils da cervejaria norte-americana Victory. Mas ainda da pra melhorar. Alguns defeitos:
- Pouca retencao de espuma no copo (o que e' imperativo para o estilo),
- Aroma de baixa intensidade e com poucas notas de Saaz (floral, terroso, spicy)
- Se considerarmos que ela e' uma Bohemian Pilsener, outro defeito seria a atenuacao e amargor excessivos, bem como o desequilibrio a favor do lupulo em detrimento do malte no aftertaste. Porem se a considerarmos dentro do estilo German Pilsener ela ficou perfeita!
Mas novamente, picuinhas a parte (ou beerchatices como diriam alguns), gostaria de parabenizar o Alexandre pela excelente cerveja. Impressionante sua capacidade de fazer esses estilos classicos que sao os mais dificeis de acertar (E se for entrar com ela em competicoes, entre no estilo German Pilsener!)