Em uma daquelas idas corriqueiras a um bar próximo de casa, calçando chinelos e usando uma camiseta regata, eis a minha surpresa: um freezer de conteúdo invejável, lá haviam Westmalles, Fullers, Strong Suffolks, Traquairs, Duvels e também Chimays, entre outras maravilhas a preços convidativos (uma Westmalle duble ou tripel, por exemplo, a R$ 15,00).
Bom, como a Chimay Triple era uma das poucas que eu ainda não conhecia, não deixei passar a oportunidade.
A aparência da cerveja é perfeita, de cor âmbar muito turva com um creme super denso que acompanha o líquido até o fim. Aroma muito bom de frutas cítricas, bantante pronunciado. Uma pena que ela deixe a desejar no principal, o sabor: apesar de ser uma tripel, o malte não é tão evidente assim, e o corpo é apenas mediano; as notas de frutas cítricas só são percebidas no primeiro momento, logo depois são encobertas; há uma dose exagerada de pimenta que a deixa picante demais; o final é longo, porém desequilibradamente amargo, desestabilizando o conjunto.
Mas não chega a ser uma cerveja desagradável, apesar da falta de harmonia ela demonstra complexidade