Foi em outubro de 2007 que a então recém-constituída InBev — atual ABInBev — trouxe ao Brasil as cervejas belgas Leffe, cuja receita foi engendrada em 1152 pelos monges da Abadia de Notre Dame de Leffe, na região da Valônia.
Hoje, mais de um ano depois da chegada das brejas, elas ainda são, em termos de consumo, o melhor custo-benefício em cerveja para o brasileiro. Importadas da Bélgica, são vendidas em muitos supermercados do país a preços que variam de 3 a 5 reais, e permitem ao consumidor experimentar autênticas cervejas belgas a preços às vezes mais baratos do que se pode pagar na Europa. E sem precisar desembolsar a passagem ao Velho Mundo.
Claro que isso se deve ao gigantismo da ABInBev, que se vale do seu imenso esquema de distribuição mundial, logística que permitiu trazer essas belgas aos preços ultra-acessíveis que hoje são praticados. São três os estilos da breja encontráveis por aqui:
LEFFE BLONDE – Do estilo belgian blond ale, com 6,6% de graduação alcoólica, apresenta coloração dourada, com um creme denso e persistente. No aroma, marcante — e deliciosa — presença do cravo, além de notas de damascos e frutas cristalizadas. O sabor acompanha o aroma, deixando um final doce e muito agradável.
LEFFE BRUNE – No estilo belgian dubbel, a breja tem 6,5% de álcool. Ostenta creme denso e persistente e coloração avermelhada bem escura. No aroma e sabor, muito malte torrado, café, chocolate, fermento de pão e biscoito. Bastante estruturada e complexa, o final é longo e agradavelmente amargo.
LEFFE RADIEUSE – É a Leffe mais difícil de ser encontrada, mas o leitor pode achá-la em lojas de cerveja na internet e em alguns restaurantes. Do estilo belgian dark strong ale, a breja tem interessantíssimos 8,2% de graduação alcoólica. A coloração é avermelhada translúcida, e o creme é bege-escuro de excelente formação e longa duração. A primeira impressão é de lúpulo e malte, muito bem equilibrados. Após, cravo, frutas vermelhas (possivelmente cereja) e coentro. O álcool se faz presente, mas sem agredir, deixando a impressão de combinação perfeita. Pra mim, a melhor das três.
Preço justo e qualidade indiscutível. Essa é a combinação de razões pelas quais o degustador iniciante pode e deve aproveitar essa lambuja — antes que algum iluminado burocrata da megacervejaria decida aumentar os preços ou, pior, interromper a importação.
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SAIBA MAIS!
– As Leffe vendidas no Brasil e na Bélgica são as mesmas cervejas? Confira o Teste Cego que BREJAS fez entre os exemplares importados pela ABInBev e outros que trouxemos da Bélgica.
– Já experimentou alguma Leffe? Avalie-a!
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