Os Confrades do BREJAS fizeram nesta semana uma degustação de três rótulos no estilo Bohemian Pilsener (BJCP) importados da República Tcheca, os quais estão sendo vendidos por aqui em bons supermercados, empórios e lojas de cerveja on-line. Vamos às impressões e avaliações.
A primeira breja a descer foi a Czechvar, nome “americano” da lendária Budweiser Budvar, produzida desde 1895 na cidade boêmia de Ceské Budejovice (devido a uma interminável contenda judicial com a Budweiser norte-americana, a cervejaria não pode usar seu nome original nas Américas). Virtualmente um ícone no mundo cervejeiro, essa tcheca ostenta coloração dourada translúcida, com ótima formação e duração do creme. No aroma e no sabor, agradável floral de lúpulo e ótimo balanceamento entre este e o malte, também claramente perceptível. A carbonatação é média e o final é levemente amargo e lupulado, com uma drinkability excelente. Uma Pilsen de responsa, que obteve a nota 3,12 no Ranking BREJAS.
Mas a verdadeira surpresa da noite foi a Starobrno, breja da região da Morávia. Documentos recentemente encontrados dão conta que a cerveja já era produzida há séculos na cidade de Brno por monges cistercienses e agostinianos. Hoje a cervejaria está sob o controle da gigante holandesa Heineken, mas mantém muito das suas tradições de produção. A coloração é dourado-âmbar, e o alvíssimo creme é consistente e persistente. Nos deliciosos aroma e sabor, a breja explode em malte e lúpulo perfumado. O paladar é bastante balanceado e refrescante. O final é longo e lupulado, convidando aos novos goles. Uma excelente tcheca, muito bem inserida no estilo proposto, a qual, no Ranking BREJAS, alcançou a nota 3,28.
Em seguida à surpresa, uma pequena decepção. O nome 1795 faz referência ao ano de fundação da cervejaria Budejovický Mestansky Pivovar, da mesma cidade de Ceské Budejovice, na Boêmia. A coloração é dourada e o creme branco é consistente, mas se desvanece rapidamente. No aroma e no sabor, a presença marcante de lúpulos e maltes das brejas anteriores aqui não se repete na mesma intensidade. O final é longo, mas com amargor um tanto excessivo. Uma cerveja dentro do estilo proposto mas que, comparada às outras tchecas, carece de personalidade, obtendo a nota 2,50 no Ranking BREJAS.
Feitas as avaliações brejeiras, as quais servem para orientar o leitor nas suas compras, escolha a sua tcheca e erga um brinde à moda do país: Na Zdrávi!
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