Michael Cristian Godinho, 27 anos, jamais havia posto uma gota sequer de cerveja na boca. Nem uma gota é modo de dizer; Michael havia experimentado uma Brahma há anos. Detestou. Desde então, suas únicas experiências cervejeiras resumiam-se a assistir na TV os comerciais das brejas industriais.
Até sábado passado.
Conheci Michael durante o Curso de Cervejas Caseiras de Afonso Landini, do qual era aluno. Ele está se formando técnico químico pelo Colégio Dom Bosco de Americana (SP). Nessa condição, viu-se às voltas com o inevitável TCC, ou trabalho de conclusão de curso.
Havia um leque de assuntos disponíveis para a tarefa, e o tema cerveja era apenas um deles. Durante a escolha, pela internet, topou quase sem querer com o BREJAS. Curtiu o site e resolveu encarar. Cerveja seria o tema.
Partiu então à ação. Logo conseguiu patrocínio de um restaurante da cidade e começou a pesquisar, estudar e ralar. Como parte do aprendizado, matriculou-se no curso de Landini e lá, maravilhado, degustou sua primeira breja de verdade, uma porter que o instrutor havia produzido. Apaixonou-se imediatamente pelas brejas mais encorpadas, e seu segundo néctar foi uma Colorado Indica, com a qual aparece nas fotos deste post.
Agora, Michael, formado cervejero caseiro, quer investir em equipamentos para homebrewing e, então, produzir sua própria breja. Já avisou que os Confrades do BREJAS serão os primeiros a avaliá-la.
Sua história foi a que mais me surpreendeu dentre as que ouvi dos amigos que fiz visitando o curso de Afonso Landini, e é uma alegoria daquilo que sempre digo: Se uma pessoa diz que não gosta de cerveja, é porque ainda não encontrou a cerveja certa pra ela.
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