São Paulo – Em reunião ocorrida na manhã de hoje na capital paulista, foi criada a Associação Brasileira de Microcervejarias, a qual reunirá, num primeiro momento, produtores de cervejas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, via as associações regionais do setor. A maioria das cervejarias do estado de São Paulo também aderiu à entidade. A agremiação espera para breve a adesão das demais microcervejarias paulistas, mineiras e cariocas.
Conversei há pouco por telefone com Marcelo Carneiro, proprietário da Cervejaria Colorado (Ribeirão Preto – SP), que foi aclamado presidente da entidade, o qual me passou alguns detalhes da Associação.
Briga contra abusos estatais
A agremiação, como esperado por todo o setor cervejeiro há anos, foi criada para brigar principalmente contra a injusta tributação e extensa burocracia imposta aos microcervejeiros. “Esses são os pontos mais urgentes de todos os empresários que atuam fazendo cerveja em pequena escala, e são neles que vamos focar, agora com representatividade legal”, pontua Marcelo.
Confira a íntegra da pequena entrevista que fiz com o agora presidente da Associação Brasileira de Microcervejarias:
BREJAS – Qual a definição de “microcervejaria” para fins de associação na entidade?
Marcelo Carneiro – A princípio, pensamos em selecionar as empresas por volume de produção, mas ainda não definimos qual será esse volume máximo para que uma microcervejaria possa se associar. Vamos conversar mais detidamente tanto com os já associados, mas principalmente com os ainda não participantes, para que possamos chegar num consenso racional.
BREJAS – E quanto ao critério de qualidade?
Marcelo Carneiro – Por enquanto, acho bem complicado definirmos esses critérios. Minha opinião, por agora, é que esse critério é subjetivo demais para que seja adotado. Mas tudo é passível de conversa entre todos.
BREJAS – Há algum outro critério já definido por agora para que algum empresário possa se associar?
Marcelo Carneiro – Já estabelecemos que todas as empresas associadas deverão ter a maioria dos seus capitais nas mãos de empresários brasileiros. Outros critérios vão sendo construídos a partir das ideias de todos.
BREJAS – A reunião de hoje foi oficial? Teve efeito jurídico?
Marcelo Carneiro – Fizemos uma ata, a qual foi assinada por todos os presentes. Ainda hoje essa ata será registrada em cartório. A Associação já é uma realidade!
BREJAS – Quais os próximos passos concretos da Associação?
Marcelo Carneiro – Será criarmos um estatuto, o qual será ainda aperfeiçoado ao longo das nossas conversas. Já marcamos uma nova reunião presencial em março durante o Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau. De qualquer forma, nossa preocupação por agora é chamar mais empresários pro nosso lado, e conseguir a adesão das microcervejarias que, por um motivo ou outro, não puderam participar do encontro de hoje. Mas estamos muito entusiasmados!
Este escriba, pulando de alegria, faz coro ao entusismo do amigo Marcelo, e ajuda a conclamar as demais microcervejarias de todo o país a aderirem a essa entidade tão esperada!
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