Em Copenhague, Dinamarca.
No ônibus urbano que liga o centro de Copenhague ao distrito de Valby, além dos moradores da cidade, estávamos nós e mais um casal de italianos. Como conversávamos noutra língua que não o incompreensível dinamarquês, atraímos o interesse do simpático motorista do coletivo o qual, ao chegar na cervejaria após 15 minutos de percurso, volta-se pra nós e, com sorriso meio cúmplice, anuncia: Carlsberg! Aproveitem a visita!
Por ali já passaram visitantes ilustres, como Winston Churchill e a rainha Elizabeth II. A visita ao prédio histórico onde outrora foi fundada a que é hoje a quarta maior cervejaria do mundo começa com uma exposição de fotos antigas que conta a história dos seus fundadores. E essa história começa em 1847, quando o industrial e filantropo Jacob Cristian Jacobsen, homenageando seu filho Carl, inaugurou a Carlsberg.
Novo fermento revolucionário
Até então feita em pequenas cervejarias sem muito método, J. C. Jacobsen logo percebeu que uma “nova” cerveja deveria ser elaborada utilizando
métodos mais científicos em sua produção, minimizando problemas. Mesmo sem qualquer formação acadêmica em microbiologia, ele criou em 1875 o Laboratório Carlsberg, para pesquisas bioquímicas relacionadas à cerveja.
Foi aí que a revolução se deu, mudando totalmente a história da cerveja: A levedura Saccharomyces Carlsbergensis foi isolada, dando início a uma longa linhagem de fermentos da família Lager, os quais são utilizados universalmente até hoje por grandes e pequenas cervejarias.
A maior coleção de garrafas do mundo
A visão é chocante até para o mais empedernido colecionador. Contando com mais de 20 mil garrafas de cerveja de todo o planeta (veja nas fotos logo abaixo), a coleção abriga apenas exemplares produzidos em grande escala e obedecendo a padronizações — erratas, variações indesejadas de cor ou padrão e rótulos caseiros não são aceitos.
Em 2006, quando a coleção contava com mais de 16 mil exemplares, o Guinness Book of Records considerou-a a maior do mundo. Organizada por ordem geográfica, seguida por cervejarias e marcas, hoje faz parte integrante do centro de visitantes do museu.
Cervejaria e coleção de aromas
Percorrer as galerias do Carlsberg Museum é mergulhar na história da cerveja na Escandinávia. As mostras são interativas, geralmente acompanhadas de filmes explicativos (em inglês) sobre o que rolava em cada ambiente da antiga cervejaria.
Ao final, após passar pelos estábulos — onde até hoje são criados cavalos da raça Jutland com os quais a cervejaria realiza mostras pela Dinamarca — chega-se no pub da Carlsberg. Ali, destaca-se a Sala dos Aromas, na qual o visitante é convidado a sentir os mais diversos aromas possíveis numa cerveja.
Confira abaixo mais imagens dessa inesquecível visita e viaje comigo:
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