A nova sistemática de cobrança do IPI para as cervejas imposta pelo governo, e que já entrará em vigor em 1º de janeiro de 2009, vem instaurando verdadeiro pânico entre as microcervejarias. BREJAS está entrevistando diversos empresários ligados ao setor sobre a nova norma. Ontem foi a vez de Alexandre Bazzo, da Cervejaria Bamberg, que vaticinou que as microcervejarias podem acabar.
Veja hoje o que disse Marcelo Carneiro, da Cervejaria Colorado. Repare, em especial, na última frase dita pelo cervejeiro:
“Esta medida que beneficiou o setor das tubaínas pode, num curto espaço de tempo, dizimar todas as nossas microcervejarias. Primeiramente irão as maiores e mais conhecidas. Gradualmente, quando o estado vier a instalar medidor de vazão em todo mundo (como promete fazer até 2010), fecharão todas, porque ninguém agüentará pagar o que o estado quer.
Esta lei mediocrizou nosso mercado. A partir do mês que vem, não importa mais se uma cerveja é feita de boas matérias-primas ou com um maior período de maturação; se é nacional ou importada. Cobrou caro, tem que pagar ao Fisco .
Precisamos agora nos manter unidos frente a sanha arrecadatória do governo e fazê-lo ver que a medida criará muito desemprego num setor já excessivamente desnacionalizado. Nossa bandeira agora tem que ser Simples Federal já! Para esse fim estamos relançando a inativa ABMIC (Associação Brasileira de Microcervejarias) e contando com a sensibilidade das autoridades para a causa do pequeno negócio brasileiro e do direito de escolha do consumidor.
No caso da Colorado, estamos nos preparando para funcionar mais três meses para aí então refletir se vale a pena continuar.”
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