Tradição beneditina de acolher peregrinos com cerveja resiste ao tempo na Alemanha
Uma idílica colina fincada nas margens do lago Ammersee, no cenário deslumbrante da Baviera, região sul da Alemanha, de cara para as neves eternas dos Alpes. Ali se chega de carro e sobe-se a pé o promontório cercado de construções medievais. De um discreto portão aberto encravado nas alvas paredes partem vozes animadas, música e um alegre alarido de pratos e talheres. Do lado de dentro, grandes mesas e bancos de madeira acomodam centenas de pessoas de várias idades, praticamente todas brindando ao ritmo da canção com reluzentes ma?krug — canecos de vidro de 1 litro — contendo cervejas de espumas fartas. Nos pratos, suculentos joelhos de porco com sauerkraut.
Foi em 1455 que o duque Albert III criou o mosteiro beneditino na pequena vila de Andechs. O local escolhido foi a antiga colina chamada então de Heiligen Berg, ou “Montanha Sagrada”. Uma regra proclamada pelo próprio São Bento decreta que quaisquer hóspedes devem ser recebidos como se fossem o próprio Cristo. Os beneditinos de Andechs respeitam a diretriz como se espera na Baviera. Desde o século 15, quando a abadia barroca do alto da Montanha Sagrada foi erigida, os religiosos recebem todos os peregrinos com boa comida e boa cerveja.
Visitar a Montanha Sagrada de Andechs é uma experiência inesquecível. Toda a história do lugar e desta visita será contada por mim na primeira edição da revista Last Call for Beer, em janeiro. Não perca!
Enquanto a revista não chega, curta algumas das imagens que fiz no local:
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