Por Marcio Rossi, correspondente especial do BREJAS em Belo Horizonte-BH
Bombou. Isso mesmo, não tinha outra jeito de iniciar esse relato, a festa foi maior e melhor do que poderiam prever os mais otimistas!
O mais interessante é que a coisa andava apreensiva. Tradicionalmente, essa festa acontece na Rua Andaluzita, em cuja esquina com Av. do Contorno fica o Frei Tuck, um dos pontos de encontro da comunidade cervejeira belorizontina. Às vésperas do evento soube-se que um dos parceiros dos anos anteriores organizara sua festa em outro lugar. Assim, Frei Tuck, Falke Bier e Cervejaria Wals se uniram em um esforço desesperado para garantir o evento aos seus habituais frequentadores. Camiseta, pulseira, barracas, banheiros, area vip, chope verde, música… Um mar de coisas pra resolver. Tudo resolvido. Ao meio dia do sábado 19 de março, o som foi ligado e as bicas começaram a jorrar.
Há males que vêm para bem. Temia-se o esvaziamento da festa com a divisão do público; essa divisão ocorreu, mas de forma positiva e com um quorum espantoso. O público que frequenta o Frei e esteve nas festas anteriores buscava exatamente o que estava sendo oferecido ali: boa cerveja, boa música e gente bonita, tudo isso envolto na tradição dessa festa: as pessoas vestiram verde, tiraram os chapéus dos armários, brindaram à Irlanda. Houve música típica, gente à caráter, muito bom humor. Claro, a ACervA Mineira e Confece estavam em peso, arrastando consigo seus amigos e contribuindo para o movimento. E o inesperado correu. Enquanto eu circulava pela multidão escutava pessoas ao celular intimando seus amigos que estavam em outra festa a virem para a do Frei Tuck e Wals. Resultado, o público foi aumentando, aumentando e depois de lotar a Andaluzita, fecharam uma das principais avenidas da cidade, a Av. do Contorno. Poderia até parecer carnaval, de certa forma o era, mas dificilmente uma festa aberta reúne um público tão seleto.
Luiz Flávio (Frei Tuck) e toda a família Wals (Miguel, Tiago e Zé Felipe) e MArco Falcone (Falke Bier)haviam trabalhado muito nos dias anteriores e correram feito loucos para que o inesperado público fosse atendido da melhor forma. O Frei montou um guichê improvisado para atender o pessoal que estava na rua. O chope verde esgotou-se no final da tarde, mas barris e mais barris de Wals foram trazidos para matar a sede dos convivas. Às dez da noite vc poderia encontrar o Miguel, pai da dupla de irmão de toca a Wals, em pé atrás de uma barraca enchendo freneticamente copos e mais copos de chope que eram avidamente consumidos. Eu não sei o que o Miguel estava pensando, mas acho que a preocupação dele e a de todos que trabalharam tanto era que ninguém ficasse sem ser servido, que ninguém pudesse dizer que naquela festa faltou alguma coisa. E esse esforço é uma coisa que não se encontra em outro mundo senão nesse maravilhoso universo da cerveja artesanal. E viva São Patrício!
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