Daniel Whitaker Sobral, um dos proprietários da Cervejaria Karavelle, de Indaiatuba (SP), diz que, para batizar seu negócio, imaginou caravelas alemãs vindo ao Brasil carregadas de cerveja.
A história, claro, o desmente (e ele sabe disso), mas é de se imaginar como seria se tivéssemos sido colonizados pelos germânicos ao invés dos portugueses, que não têm tradição cervejeira.
Por enquanto, a cervejaria só produz o chope no estilo Pilsen — embora já haja planos para o envase. E foi esse chope que experimentei no Bar do Italiano, eis que Daniel apareceu por lá com um barrilete debaixo do braço.
“Cria” dos mestres-cervejeiros Matthias Reinold e Mauricio Niemeyer, a breja leva os lúpulos Tettnanger e Nugget, além de maltes de qualidade, já percebidos, de cara, no aroma.
O dulçor maltado acompanha toda a degustação, acrescido de um amargor bastante interessante, seco, que convida a novos goles. Se fosse pra melhorar o que já está bom, talvez fosse oportuna a adição de um tantinho a mais de lúpulo aromático. De qualquer forma, é uma cerveja gostosa, refrescante e fácil de beber.
Apesar de muito jovem — a inauguração se deu em maio deste ano — a Karavelle já trilha o bom caminho das cervejas artesanais. A intenção é elaborar outros estilos, todos de inspiração alemã e seguindo a Lei de Pureza da Baviera.
Que venham as caravelas!
Leave a Reply
You must be logged in to post a comment.