Leis que secam

Uma análise fria das estatísticas revela que a chamada Lei Seca fracassou. Ao longo dos quase nove meses de vigência da proibição ao consumo de álcool pelos motoristas, a queda no número de acidentes, quando ocorreu, foi insuficiente para justificar o radicalismo da medida. Constrangimento, mistificação e partidarismo impedem que o fato seja reconhecido e examinado em suas reais dimensões.
É contraproducente usar os incontáveis males causados pelo álcool como escudo meritório da legislação. A questão foge ao âmbito da saúde pública – onde, aliás, o proibicionismo jamais obteve resultados. Tampouco ajuda reafirmar a óbvia importância de punir o motorista embriagado, mesmo que persistam críticas aos fundamentos técnicos da tolerância mínima e ao caráter autoritário desse tipo de norma (leia o artigo na íntegra).


Comments

2 responses to “Leis que secam”

  1. Renato Vialto Avatar
    Renato Vialto

    Como já falei em outro post do blog, essa lei eh soh mais um motivo pa rao governo aparece ran tv e ficar bem na fita. A proibição eh radical sim, mas se for ver tem base, mas seria melhro ainda se ela tivesse um resultado positivo, cirar a lei eh facil dificl eh faze-la cumpriri.

  2. Marcela Avatar
    Marcela

    Bem… eu conheço, de perto, muitas pessoas que estão levando a Lei Seca a sério. Percebi que diversos serviços foram criados para se adaptar à lei, como por exemplo, redes de táxis que, em parceria com bares e outros estabelecimentos, se prontificam a levar para casa aquele que não resistiu a uma birita a mais; Alguns bares estão servindo até chopp sem álcool!!! Quem diria?!?! Mas enfim… tb tenho visto muita molecada dirigindo com uma latinha de cerveja na mão, literalmente. O negócio é que, entre outros fatores, não há fiscalização suficiente para que a lei surta o efeito esperado, e assim, a coisa vai por água abaixo mesmo…

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