Em Ribeirão Preto, SP.
Antes de iniciar, permitam-me abandonar o tom impessoal que sempre marcou a seção “Bares que Amamos” deste Blog. Peço licença, excepcionalmente, para contar uma experiência essencialmente confessional. Faz mais de mês que apareci no Vila Dionísio. E confesso que, mesmo passado esse tempo, ainda convivo com o impacto de ter conhecido simplesmente um dos melhores bares que já fui na vida. Não é bajulação, juro. E, antes que alguém sacuda o dedo acusador, nem eu nem o BREJAS estamos a soldo do bar. Ocorre que boa parte das coisas que gosto nesta existência está lá: mais de 180 cervejas disponíveis (entre nacionais, artesanais e importadas), rock´n´roll cuidadosamente selecionado, ambiente de superpub e gente bonita.
O Vila Dionísio “original” foi criado em São José do Rio Preto em 2004 pelos cinco amigos Rogério, Alexandre, Ronaldo, Weber e Rodrigo. Os caras possuem formação, uns em biologia e outros em engenharia de alimentos, e desde há muito já se interessavam por cervejas especiais. Deu tão certo que em abril deste ano criaram a filial de Ribeirão Preto, mais ampla. Foi esta que visitei, ciceroneado pelo gente-boa Rogério, o qual logo me pegou pelo braço a mostrar os bastidores da casa.
E logo veio a estupefação. Difícil topar com bar que respeite tanto as cervejas que serve. O Vila possui um sistema central de controle de pressão de nitrogênio com regulagem individual por doze manômetros calibrados precisamente em função de cada uma das particularidades dos rótulos servidos “on tap”. A seleção dos chopes vai das comerciais Stella Artois às artesanais como a Colorado Índica até importadas como Hofbräu, Guinness, Newcastle Brown Ale e Old Speckled Hen. A refrigeração é um assunto sério. A enorme câmara fria se integra às vitrines do balcão. Há outro sistema, a líquido glicol, que mantém temperaturas diferenciadas — e corretas — para chopes dos estilo lager e ale.
O cardápio é pantagruélico. A extensão da carta de cervejas só perde — por pouco — para a do bar FrangÓ (e por falar nele, a célebre e deliciosa coxinha com catupiry está lá, feita no Vila sob permissão exclusiva do boteco paulistano). Amigavelmente separadas por “famílias”, estilos e países, desfilam tanto rótulos despretensiosos e industriais quanto as grandes brejas belgas trapistas (Westmalle, Chimay, Achel, La Trappe). Potencialize a sensação de estar em um pub londrino e mande descer as “famílias” inglesas Fuller´s e Greene King. Não hesite em se esbaldar nas artesanais Colorado, Backer, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Schmitt… Comemore tudo isso com uma champegnoise belga DeuS. No Vila Dionísio todas as viagens são possíveis, incluindo as musicais. Na visita deste brejeiro, detonavam no palco os caras do Red Hot Chili Peppers Cover, enquanto o pessoal chacoalhava na pista com copões de Franziskaner Hefe-Weissbier, numa boa. Lindo de ver.
E muito mais. Vale a decoração bacana, o ambiente selecionado, o atendimento atencioso, o imenso balcão pra se encostar e beber, as mesas de sinuca com feltros vermelhos. Vale cada quilômetro até Ribeirão. Vale a pena conhecer. Vá por mim.
Clique AQUI para saber os endereços e demais detalhes das unidades do Vila Dionísio.
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