Por Luiz Flávio Ferreira, proprietário do Frei Tuck Slow Beer
Amigos,
No dia 1º de novembro de 2006, com uma degustação de Falke Bier e Eisenbahn, dirigida pelo Rodrigo Lemos, o Frei Tuck Slow Beer foi inaugurado com a proposta de ser uma casa de cultura cervejeira. De lá pra cá, vivenciamos uma revolução cervejeira em BH e no Brasil.
Participamos ativamente dela, e, juntamente com o Rodrigo Lemos e sua Confraria da Cerveja, criamos e ministramos cursos de degustação a centenas de iniciantes; com o Danilo, que acabou de ressurgir das cinzas e depois com o Zé Augusto “Junin”, formamos dezenas de home-brewers.
Com o Marco Falcone, degustei inúmeras novidades importadas, nacionais e caseiras, bolamos eventos, rimos e praguejamos e vi nascer a lenda viva do movimento cervejeiro no Brasil; com o Paulo Schiaveto, comemorei, por 19 segundos, o campeonato mundial de Fórmula 1 do Felipe Massa, de 2008, antes de subirmos para a Minas Beer Fest!
Com o João Becker, transformamos, em cinco anos, a comemoração do St. Patrick´s Day em BH, de um bando de jogadores de Rugby bebendo chope verde no Frei Tuck em uma verdadeira micareta irlandesa verde; organizamos o primeiro concurso de cervejas caseiras de BH, o BH Home Bier e, talvez, um dos primeiros do Brasil e, em suas edições, surgiram grandes revelações cervejeiras.
Com o Clube do LP, harmonizamos cervejas com boa música, uma vez por mês no Frei e em todos os nossos eventos; degustei as surpreendentes e maravilhosas criações de magos como Humberto e Draghenvaard;
Com o Ronaldo Morado, dei minha contribuição ainda que mínima, mas suficiente para constar nos agradecimentos, para sua Larousse da Cerveja (orgulho para os Mineiros!); com o Dino e a Lú, até um casamento tivemos oportunidade de realizar!
Com o Alencar e a Küd, vimos um bando de amigos se organizarem e erguer uma bela cervejaria, respaldados por um título em concurso internacional de cervejas; presenciamos o grande esforço de batalhadores como o Danilo, Pablo, Rômulo, Henrique, Patrus, Armando, Daniel e vários outros, que tiraram a Acerva Mineira do papel – quem tá chegando agora tem que reconhecer e respeitar, e muito, o trabalho destes pioneiros;
Com o Frei Tuck Biergarten levamos, ao público leigo, a nossa vitória.
Nestes 4 anos, 7 meses e 28 dias, meu rótulo preferido sempre foi o chope Ouro Preto, da Falke Bier!
Logo, realizaremos a II Semana da Cultura Cervejeira, em vários bares de BH, promovendo, em um só evento, a interação entre micro-cervejarias e gastronomia, Acerva Mineira, Confraria da Cerveja, bares cervejeiros, Clube do LP e o público ávido por gotas de conhecimento cervejeiro.
Mas, como quase tudo na vida é passageiro e nós não somos trocador nem motorista, é com a sensação de dever cumprido que anuncio que os próximos 25 dias serão os últimos do Frei Tuck na esquina de Andaluzita com Contorno.
Andere Mauern werden fallen!
Agradeço por todos os amigos que fiz e pelas experiências que vivenciei. Estaremos juntos do outro lado do balcão. É hora de passar o bastão!
Abraços,
Luiz.
———————–
Nota do Editor: Esse texto foi gentilmente furtado do blog da Küd Bier…
No dia 24 de julho, último dia de funcionamento do Frei Tuck Slow Beer, a casa fará um épico “bota-fora”, com queima de seu estoque cervejeiro, e tudo estará à venda (cervejas, copos e decoração; mais informações aqui). BREJAS, na pessoa deste humilde e desolado escriba, lamenta sincera e profundamente o fechamento do Nirvana cervejeiro da capital mineira, esperando que seu proprietário Luiz Flávio empreste sua simpatia e seu talento pralgum outro negócio cervejeiro o mais breve possível.
Leave a Reply
You must be logged in to post a comment.