AmBev: Lucro líquido cai no quarto trimestre

crise

A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), maior fabricante de cervejas da América Latina, anunciou na semana passada um lucro líquido de R$ 964,5 milhões no quarto trimestre de 2008, o que representa uma queda de 14,6% em comparação ao ganho de R$ 1,132 bilhão registrado no mesmo período de 2007. No acumulado do ano passado, o lucro líquido totalizou R$ 3,059 bilhões, avançando 8,6% em termos anuais.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 6,502 bilhões entre outubro e dezembro de 2008, registrando alta de 11,6% em relação à igual período de 2007. Já no acumulado do ano passado, a receita líquida ficou em R$ 20,899 bilhões, registrando um ganho de 6,4% em termos anuais.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 2,920 bilhões no quarto trimestre. A cifra é 3,8% maior em comparação ao observado no período outubro-dezembro do ano anterior. Além disso, o Ebitda passou de R$ 8,696 bilhões em 2007 para R$ 9,006 bilhões em 2008, atingindo um ganho de 3,6%.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a Ambev declara que o bom desempenho da Quinsa e das operações na América do Norte, com crescimento de volume de 7,4% e 0,5% no quarto trimestre, respectivamente, foi compensado pelos fracos volumes no Brasil, onde a companhia registrou queda de volume na Cerveja Brasil (-1,4%) e Refrigenanc (-2,2%), principalmente pelo clima mais frio e chuvoso.

Ainda no Brasil, a Ambev ressalta em comunicado que o volume no País foi afetado pela “inflação de alimentos”, que continuou a “pressionar o consumidor ao crescer mais de duas vezes acima do índice geral de inflação”.

“Tivemos um início de verão difícil no Brasil com clima mais frio e inflação de alimentos, juntamente com nossa perda de market share decorrente dos nossos aumentos de preço, nos levando a uma queda de volumes no trimestre”, afirmou em comunicado João Castro Neves, diretor-geral da AmBev.

Em 2008, o market share da companhia ficou em 17,8% para refrigerantes e 67,5% para cervejas. Para 2009, diante do “cenário difícil da economia global”, a companhia aposta na “característica defensiva da indústria e na diversidade geográfica de operações” para “focar no crescimento e rentabilidade”.

Fonte: Gazeta Mercantil


Comments

Leave a Reply